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01/04/2007
-
19h05
da Folha Online
Os passageiros ainda encontram atrasos nos aeroportos neste domingo, como reflexos da paralisação dos controladores de tráfego aéreo, ocorrida na noite da última sexta-feira (30). Balanço divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que a espera com mais de uma hora atingiu, da 0h às 18h20, 230 dos 1.127 vôos programados --20,4% do total. O número de vôos cancelados ficou em 18, o equivalente a 1,6%.
Apesar dos atrasos persistirem, as filas diminuíram, e a situação é de aparente tranqüilidade nos terminais, embora passageiros ainda reclamem da falta de informações.
No sábado (31), dia mais prejudicado pela nova crise do setor, os atrasos atingiram, durante todo o dia, 29,5% dos 1.590 vôos. Na sexta, mesmo com o motim dos controladores, o índice diário de espera ficou em 20,2% dos 1.892 vôos, de acordo com a estatal. Nos dois dias, houve confusão nos terminais e muitos passageiros dormiram nos aeroportos.
Com a paralisação dos controladores, decolagens foram suspensas na maior parte do país, o que lotou aeroportos. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estima que mais de 18 mil pessoas tiveram os embarques prejudicados em todo o país.
Manifesto
Também na sexta, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo divulgou um manifesto sem assinaturas, mas em nome dos controladores de tráfego aéreo brasileiros. Pelo documento, os profissionais reivindicavam, principalmente, o "fim das perseguições e retorno imediato dos representantes de associações e supervisores afastados de suas funções de origem".
O argumento seria uma referência, especialmente, à situação de um dos maiores líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, transferido do Cindacta-1, em Brasília para um destacamento em Santa Maria (RS).
No início da madrugada de sábado, o governo cedeu às exigências dos controladores, depois do novo apagão aéreo ocorrido no país, e um acordo pôs fim à paralisação. De acordo com a minuta de negociação assinada, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira (3); e a desmilitarização do controle do tráfego.
Na tarde de sábado, o Comando da Aeronáutica divulgou proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo. A expectativa é que seja criado nos próximos dias um órgão de natureza civil, subordinado ao Ministério da Defesa, para controlar os vôos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que uma solução definitiva para a crise saia até a próxima terça-feira (3).
Crise
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos.
Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1, de Brasília, sofria com a falta de controladores, pois alguns tinham sido afastados pelas investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida em setembro.
Depois, falhas em equipamentos passaram a contribuir para aumentar a espera nos aeroportos.
Desde o começo de março, o aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), um dos maiores do país, pára sempre que chove forte, pois sua pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento. Em uma ocasião, um cão atrapalhou as operações ao invadir a pista do aeroporto. No dia seguinte, um novo apagão aéreo afetou outros aeroportos no país.
O último dia 19 foi o dia mais difícil para os passageiros, desde o começo de março. Na ocasião, 29% dos vôos atrasaram, ao longo do dia.
Entre os últimos dias 25 e 27, foi a vez do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), ter o funcionamento suspenso. Desta vez, a interrupção ocorreu devido ao não-funcionamento de um equipamento que auxilia as operações quando há baixa visibilidade (ILS). O problema revelou que o equipamento estava fora de operação desde 25 de fevereiro, quando foi atingido por um raio.
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Os passageiros ainda encontram atrasos nos aeroportos neste domingo, como reflexos da paralisação dos controladores de tráfego aéreo, ocorrida na noite da última sexta-feira (30). Balanço divulgado pela Infraero (estatal que administra os aeroportos) mostra que a espera com mais de uma hora atingiu, da 0h às 18h20, 230 dos 1.127 vôos programados --20,4% do total. O número de vôos cancelados ficou em 18, o equivalente a 1,6%.
Apesar dos atrasos persistirem, as filas diminuíram, e a situação é de aparente tranqüilidade nos terminais, embora passageiros ainda reclamem da falta de informações.
No sábado (31), dia mais prejudicado pela nova crise do setor, os atrasos atingiram, durante todo o dia, 29,5% dos 1.590 vôos. Na sexta, mesmo com o motim dos controladores, o índice diário de espera ficou em 20,2% dos 1.892 vôos, de acordo com a estatal. Nos dois dias, houve confusão nos terminais e muitos passageiros dormiram nos aeroportos.
Com a paralisação dos controladores, decolagens foram suspensas na maior parte do país, o que lotou aeroportos. A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estima que mais de 18 mil pessoas tiveram os embarques prejudicados em todo o país.
Manifesto
Também na sexta, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Proteção ao Vôo divulgou um manifesto sem assinaturas, mas em nome dos controladores de tráfego aéreo brasileiros. Pelo documento, os profissionais reivindicavam, principalmente, o "fim das perseguições e retorno imediato dos representantes de associações e supervisores afastados de suas funções de origem".
O argumento seria uma referência, especialmente, à situação de um dos maiores líderes nacionais da categoria, o sargento Edleuzo Souza Cavalcanti, transferido do Cindacta-1, em Brasília para um destacamento em Santa Maria (RS).
No início da madrugada de sábado, o governo cedeu às exigências dos controladores, depois do novo apagão aéreo ocorrido no país, e um acordo pôs fim à paralisação. De acordo com a minuta de negociação assinada, o governo fará a revisão de atos disciplinares --que incluem transferências e afastamentos--; assegura que os envolvidos no protesto desta sexta não serão punidos; abrirá um canal permanente de negociação com representantes da categoria para discutir a gradual desmilitarização; discutirá a remuneração dos controladores civis e militares, a partir de terça-feira (3); e a desmilitarização do controle do tráfego.
Na tarde de sábado, o Comando da Aeronáutica divulgou proposta de desmilitarização do controle do tráfego aéreo. A expectativa é que seja criado nos próximos dias um órgão de natureza civil, subordinado ao Ministério da Defesa, para controlar os vôos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse esperar que uma solução definitiva para a crise saia até a próxima terça-feira (3).
Crise
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos.
Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1, de Brasília, sofria com a falta de controladores, pois alguns tinham sido afastados pelas investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida em setembro.
Depois, falhas em equipamentos passaram a contribuir para aumentar a espera nos aeroportos.
Desde o começo de março, o aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), um dos maiores do país, pára sempre que chove forte, pois sua pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento. Em uma ocasião, um cão atrapalhou as operações ao invadir a pista do aeroporto. No dia seguinte, um novo apagão aéreo afetou outros aeroportos no país.
O último dia 19 foi o dia mais difícil para os passageiros, desde o começo de março. Na ocasião, 29% dos vôos atrasaram, ao longo do dia.
Entre os últimos dias 25 e 27, foi a vez do aeroporto internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos (região metropolitana), ter o funcionamento suspenso. Desta vez, a interrupção ocorreu devido ao não-funcionamento de um equipamento que auxilia as operações quando há baixa visibilidade (ILS). O problema revelou que o equipamento estava fora de operação desde 25 de fevereiro, quando foi atingido por um raio.
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