Publicidade
Publicidade
11/04/2007
-
17h35
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Diante da repercussão de suas declarações de que não há crise aérea no país, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, ensaiou um recuo durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira. Irritado, Zuanazzi disse que foi mal interpretado e que estava se referindo as empresas e não ao sistema aéreo nacional.
"Eu disse que não há crise do serviço aéreo, da indústria, que está em expansão. Essa crise [das empresas] se deu até 2003", afirmou.
Zuanazzi, no entanto, evitou chamar o apagão aéreo de crise. Ele admitiu apenas que o setor passa por "problemas".
"Evidentemente eu chamo de problemas, nunca minimizei os problemas".
Mais cedo, Zuanazzi afirmou que "a crise no transporte aéreo está longe de ser uma crise", uma vez que o governo a superou a partir de 2004. O presidente da Anac afirmou que o setor aéreo vive a maior oferta de assentos na aviação civil já registrada na história do país. Ele usou o argumento para justificar sua visão de que não há crise no setor.
Segundo ele, o crescimento da oferta de vôos subiu de 12% em 2004 para 17% este ano. "Essa oferta de demanda, de pessoas voando, é maior que o crescimento da China. As empresas não sentem a crise, pelo contrário, estão em franco investimento", disse.
Crise
O pior episódio da crise ocorreu no dia 30 de março, quando controladores de tráfego aéreo paralisaram as atividades por cerca de cinco horas. O movimento começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e se espalhou para outras regiões do país.
Na ocasião, o governo federal chegou a firmar um acordo com os amotinados, mas recuou. Eles, agora, são investigados por suspeita de insubordinação.
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos. Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1 sofria com a falta de controladores, pois alguns tinham sido afastados pelas investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida em setembro.
Depois, falhas em equipamentos passaram a contribuir para aumentar a espera nos aeroportos. Desde março, o aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), um dos maiores do país, pára sempre que chove forte, pois a pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento.
Leia mais
Relatórios sigilosos mostram falhas no controle aéreo brasileiro
Juiz condena Gol a indenizar casal por cancelamento de vôo
Apesar de transtornos, presidente da Anac nega crise aérea no Brasil
Ministro minimiza crise aérea e afirma que governo busca solução
Justiça Militar não investigará oficiais por paralisação em vôos
Especial
Leia o que já foi publicado sobre atrasos em vôos
Leia mais sobre a crise no tráfego aéreo
Zuanazzi recua e reconhece que há problemas no setor aéreo
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
Diante da repercussão de suas declarações de que não há crise aérea no país, o presidente da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Milton Zuanazzi, ensaiou um recuo durante audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira. Irritado, Zuanazzi disse que foi mal interpretado e que estava se referindo as empresas e não ao sistema aéreo nacional.
"Eu disse que não há crise do serviço aéreo, da indústria, que está em expansão. Essa crise [das empresas] se deu até 2003", afirmou.
Zuanazzi, no entanto, evitou chamar o apagão aéreo de crise. Ele admitiu apenas que o setor passa por "problemas".
"Evidentemente eu chamo de problemas, nunca minimizei os problemas".
Mais cedo, Zuanazzi afirmou que "a crise no transporte aéreo está longe de ser uma crise", uma vez que o governo a superou a partir de 2004. O presidente da Anac afirmou que o setor aéreo vive a maior oferta de assentos na aviação civil já registrada na história do país. Ele usou o argumento para justificar sua visão de que não há crise no setor.
Segundo ele, o crescimento da oferta de vôos subiu de 12% em 2004 para 17% este ano. "Essa oferta de demanda, de pessoas voando, é maior que o crescimento da China. As empresas não sentem a crise, pelo contrário, estão em franco investimento", disse.
Crise
O pior episódio da crise ocorreu no dia 30 de março, quando controladores de tráfego aéreo paralisaram as atividades por cerca de cinco horas. O movimento começou no Cindacta-1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo), em Brasília, e se espalhou para outras regiões do país.
Na ocasião, o governo federal chegou a firmar um acordo com os amotinados, mas recuou. Eles, agora, são investigados por suspeita de insubordinação.
Desde o final do ano passado, passageiros enfrentam constantes atrasos e cancelamentos de vôos. Inicialmente, os problemas foram causados pela operação-padrão dos controladores, que restabeleceram à força parâmetros internacionais de segurança. O Cindacta-1 sofria com a falta de controladores, pois alguns tinham sido afastados pelas investigações sobre a queda do Boeing da Gol, ocorrida em setembro.
Depois, falhas em equipamentos passaram a contribuir para aumentar a espera nos aeroportos. Desde março, o aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo), um dos maiores do país, pára sempre que chove forte, pois a pista auxiliar está fechada para reformas e a principal tem graves problemas de escoamento.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice