Publicidade
Publicidade
06/05/2007
-
19h59
CAROLINA FARIAS
da Folha Online
A Polícia Civil de Porto Ferreira (228 km a norte de São Paulo) investiga, preliminarmente, que o jornalista Luiz Carlos Barbon, 37, --assassinado na noite de sábado (5) em um bar da cidade-- pode ter sido morto por conseqüência de matérias e artigos que publicava no "Jornal do Porto".
Barbon era conhecido por fazer denúncias contra políticos locais. Em 2003, Barbon foi o primeiro a denunciar o caso de vereadores que foram acusados de explorar sexualmente adolescentes.
Segundo o delegado Eduardo Henrique Palmeira Campos, o jornalista possuía uma coluna no jornal em que costumava criticar personalidades da cidade. "Ele [Carbon] criticava várias pessoas. Não dá para dizer ainda que ele foi morto por causa desse ou daquele caso", afirmou o delegado.
Em abril, de acordo com o delegado, Barbon publicou um artigo em que "desmentia" a denúncia contra os vereadores. Segundo Campos, no artigo o jornalista dizia que as envolvidas no caso promoveram uma "farsa".
"Talvez ele estivesse 'batendo na mesma tecla' para que o caso voltasse à imprensa", disse o delegado.
No entanto, Campos diz ter certeza de que, pelas características da ocorrência, a morte do jornalista foi uma execução.
"Os tiros foram de perto. O assassino se aproximou dele e atirou, com uma arma de "grosso' calibre", afirmou o delegado.
De acordo com Campos, a arma que matou Barbon foi uma espingarda calibre 12. Uma outra pessoa --que não teve a identidade revelada-- foi atingida pelos estilhaços das balas, que atravessaram o corpo do jornalista. Ela passa bem.
O delegado averiguou se o jornalista fez alguma denúncia de ameaças, mas nenhum registro foi encontrado neste ano entre os boletins de ocorrência na delegacia.
"Ele não estava com medo. Estava em um bar, perto da calçada, tomando sua cerveja. Não é atitude de uma pessoa que está sendo ameaçada", afirmou.
Campos deve ouvir a partir de segunda-feira (7) a família do jornalista. Barbon deixou um filho.
Crime
Barbon foi assassinado ontem por volta das 21h no Bar das Araras, que fica próximo à rodoviária da cidade. Segundo testemunhas, dois homens vestidos com roupas pretas e encapuzados chegaram ao bar em uma moto.
Segundo a PM, o rapaz que estava na garupa desceu da moto, se aproximou do jornalista e disparou dois tiros à queima roupa. Ele foi atingido na perna e no abdômen.
Barbon foi levado ao Pronto Socorro Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
Barbon foi enterrado neste domingo no cemitério municipal de Tambaú (257 km de SP), cidade natal do jornalista.
Leia mais
Repórter que denunciou abuso sexual por vereadores é assassinado em SP
Erramos: Repórter que denunciou abuso sexual por vereadores é assassinado em SP
Vereadores de Porto Ferreira são condenados por abuso de menores
Entenda o caso de corrupção de menores em Porto Ferreira
Suspeitos negam participação em festas com menores em Porto Ferreira
Especial
Veja o que já foi publicado sobre o caso de Porto Ferreira
Para polícia, morte de jornalista foi provocada por críticas em jornal
Publicidade
da Folha Online
A Polícia Civil de Porto Ferreira (228 km a norte de São Paulo) investiga, preliminarmente, que o jornalista Luiz Carlos Barbon, 37, --assassinado na noite de sábado (5) em um bar da cidade-- pode ter sido morto por conseqüência de matérias e artigos que publicava no "Jornal do Porto".
Barbon era conhecido por fazer denúncias contra políticos locais. Em 2003, Barbon foi o primeiro a denunciar o caso de vereadores que foram acusados de explorar sexualmente adolescentes.
Segundo o delegado Eduardo Henrique Palmeira Campos, o jornalista possuía uma coluna no jornal em que costumava criticar personalidades da cidade. "Ele [Carbon] criticava várias pessoas. Não dá para dizer ainda que ele foi morto por causa desse ou daquele caso", afirmou o delegado.
Em abril, de acordo com o delegado, Barbon publicou um artigo em que "desmentia" a denúncia contra os vereadores. Segundo Campos, no artigo o jornalista dizia que as envolvidas no caso promoveram uma "farsa".
"Talvez ele estivesse 'batendo na mesma tecla' para que o caso voltasse à imprensa", disse o delegado.
No entanto, Campos diz ter certeza de que, pelas características da ocorrência, a morte do jornalista foi uma execução.
"Os tiros foram de perto. O assassino se aproximou dele e atirou, com uma arma de "grosso' calibre", afirmou o delegado.
De acordo com Campos, a arma que matou Barbon foi uma espingarda calibre 12. Uma outra pessoa --que não teve a identidade revelada-- foi atingida pelos estilhaços das balas, que atravessaram o corpo do jornalista. Ela passa bem.
O delegado averiguou se o jornalista fez alguma denúncia de ameaças, mas nenhum registro foi encontrado neste ano entre os boletins de ocorrência na delegacia.
"Ele não estava com medo. Estava em um bar, perto da calçada, tomando sua cerveja. Não é atitude de uma pessoa que está sendo ameaçada", afirmou.
Campos deve ouvir a partir de segunda-feira (7) a família do jornalista. Barbon deixou um filho.
Crime
Barbon foi assassinado ontem por volta das 21h no Bar das Araras, que fica próximo à rodoviária da cidade. Segundo testemunhas, dois homens vestidos com roupas pretas e encapuzados chegaram ao bar em uma moto.
Segundo a PM, o rapaz que estava na garupa desceu da moto, se aproximou do jornalista e disparou dois tiros à queima roupa. Ele foi atingido na perna e no abdômen.
Barbon foi levado ao Pronto Socorro Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
Barbon foi enterrado neste domingo no cemitério municipal de Tambaú (257 km de SP), cidade natal do jornalista.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice