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07/05/2007
-
19h59
da Folha Online
A Secretaria de Justiça de São Paulo entrou nesta segunda-feira com recurso na Justiça contra a decisão de enviar o jovem envolvido no assassinato dos namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, em 2003, Unidade Experimental de Saúde da Fundação Casa (ex-Febem), na Vila Maria, zona norte de São Paulo.
A decisão de transferir o jovem --atualmente com 20 anos-- ocorreu depois que ele fugiu do complexo Vila Maria, na última quarta (2), e foi recapturado horas depois na região metropolitana.
Na ocasião, o secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, pediu a transferência do rapaz para tratamento psiquiátrico na Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo) como "melhor solução". O promotor da Infância e Juventude Wilson Tafner defendeu o encaminhamento do jovem para a unidade de saúde da Fundação Casa.
Contrariando o secretário, o juiz Trazíbulo José Ferreira da Silva, do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude do TJ (Tribunal de Justiça), negou o pedido do governo estadual e determinou, ainda, que o jovem seja acompanhado por profissionais do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Psiquiatria Forense da USP (Universidade de São Paulo). Os especialistas terão de fornecer um relatório sobre a saúde mental do jovem a cada 20 dias.
A Folha Online não identifica o jovem envolvido na morte dos namorados em cumprimento ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que impede a divulgação do nome, apelido ou imagens de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Fuga
Apontado como o mentor do seqüestro e morte do casal, o rapaz conseguiu escapar da fundação pulando um muro. Havia uma escada encostada nas proximidades e nenhum vigia no local. O diretor da unidade e cerca de 20 funcionários --das áreas técnica e de segurança-- foram afastados.
Marrey classificou a fuga como "no mínimo uma incompetência escandalosa" e "no máximo uma facilitação dolosa". Uma sindicância investigará se houve facilitação de fuga.
Crime
Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foram rendidos em novembro de 2003, enquanto acampavam em Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Os estudantes mentiram sobre a viagem para os pais --Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com amigos.
No dia 2 de novembro, um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, enquanto Liana estava com o jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta pelo adolescente a facadas, no dia 5 do mesmo mês. Outras três pessoas foram presas sob acusação de envolvimento no crime: Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.
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A Secretaria de Justiça de São Paulo entrou nesta segunda-feira com recurso na Justiça contra a decisão de enviar o jovem envolvido no assassinato dos namorados Liana Friedenbach, 16, e Felipe Caffé, 19, em 2003, Unidade Experimental de Saúde da Fundação Casa (ex-Febem), na Vila Maria, zona norte de São Paulo.
A decisão de transferir o jovem --atualmente com 20 anos-- ocorreu depois que ele fugiu do complexo Vila Maria, na última quarta (2), e foi recapturado horas depois na região metropolitana.
Na ocasião, o secretário da Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey, pediu a transferência do rapaz para tratamento psiquiátrico na Casa de Custódia de Taubaté (130 km a nordeste de São Paulo) como "melhor solução". O promotor da Infância e Juventude Wilson Tafner defendeu o encaminhamento do jovem para a unidade de saúde da Fundação Casa.
Reprodução |
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003 |
Contrariando o secretário, o juiz Trazíbulo José Ferreira da Silva, do Departamento de Execuções da Infância e da Juventude do TJ (Tribunal de Justiça), negou o pedido do governo estadual e determinou, ainda, que o jovem seja acompanhado por profissionais do Núcleo de Estudos e Pesquisas de Psiquiatria Forense da USP (Universidade de São Paulo). Os especialistas terão de fornecer um relatório sobre a saúde mental do jovem a cada 20 dias.
A Folha Online não identifica o jovem envolvido na morte dos namorados em cumprimento ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que impede a divulgação do nome, apelido ou imagens de jovens que cometeram crimes quando tinham menos de 18 anos e estão sob custódia do Estado.
Fuga
Apontado como o mentor do seqüestro e morte do casal, o rapaz conseguiu escapar da fundação pulando um muro. Havia uma escada encostada nas proximidades e nenhum vigia no local. O diretor da unidade e cerca de 20 funcionários --das áreas técnica e de segurança-- foram afastados.
20.12.2003/Folha Imagem |
Fachada do complexo Vila Maria da Fundação Casa (ex-Febem), em São Paulo |
Marrey classificou a fuga como "no mínimo uma incompetência escandalosa" e "no máximo uma facilitação dolosa". Uma sindicância investigará se houve facilitação de fuga.
Crime
Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foram rendidos em novembro de 2003, enquanto acampavam em Embu-Guaçu (Grande São Paulo). Os estudantes mentiram sobre a viagem para os pais --Liana havia dito que iria para Ilhabela (litoral de São Paulo), com um grupo de jovens da comunidade israelita. A família de Felipe disse que sabia que o rapaz iria acampar, mas acreditava que ele estaria com amigos.
No dia 2 de novembro, um dia após o casal ser abordado pelos criminosos, Felipe foi assassinado com um tiro na nuca. Ele estava em uma área de mata fechada, com um dos acusados presos --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, enquanto Liana estava com o jovem, que na época tinha 16 anos. A menina foi morta pelo adolescente a facadas, no dia 5 do mesmo mês. Outras três pessoas foram presas sob acusação de envolvimento no crime: Antonio Matias de Barros, Antônio Silva e Aguinaldo Pires.
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