SP faz plano de emergência antigreve na Polícia Civil

O governo José Serra (PSDB) elaborou um plano de emergência para restringir os efeitos da greve de policiais civis de São Paulo, informa reportagem da Folha desta sexta-feira (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal). A greve chega ao quarto dia.

O plano prevê a transferência de parte das atribuições da Polícia Civil à PM, que não aderiu à paralisação. Com as negociações paralisadas, o governo já havia adotado um tom mais duro contra os grevistas, com ameaça de processos administrativos e judiciais para punir eventuais abusos, como negar o atendimento à população.

Com plano, PMs poderão, por exemplo, acionar diretamente a perícia, apresentar vítimas e suspeitos para exames de corpo de delito, apreender objetos e levar pessoas detidas à prisão. Até o início da noite, segundo o governo, não havia nenhum tipo de "caos" no atendimento nas delegacias, o que teria ficado configurado pelo baixo número de queixas encaminhadas por cidadãos à Secretaria da Segurança.

Ontem, o comando da greve dos policiais civis estima que 67 delegacias da cidade de São Paulo aderiram à paralisação iniciada na terça-feira (16). O número representa aproximadamente 72% dos DPs. No interior do Estado, os grevistas afirmam que 49 das 52 seccionais (94%) participam do movimento.

Na quarta, a maior parte das delegacias registrava somente ocorrências mais graves, como casos de roubos, assassinatos e seqüestros. Vítimas de ameaça e furto, mesmo de carros, eram orientadas a voltar para casa. Dos 67 DPs visitados pela reportagem da Folha, 43 tinham policiais em greve e 24 estavam funcionando normalmente (veja a lista de DPs em greve).

Os policiais estão em estado de greve desde o dia 13 de agosto, quando fizeram paralisação de apenas sete horas. Eles reivindicam aumento salarial de 15% neste ano e reajustes de 12% nos dois anos seguintes. A pauta de reivindicações inclui outros itens como a eleição direta para delegado-geral. Por sua vez, o governo ofereceu um investimento de R$ 500 milhões na folha de pagamento em 2009.

Leia a matéria completa na Folha desta sexta-feira, que já está nas bancas.

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