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04/12/2008 - 09h47

Psicólogos tentam reproduzir ambiente familiar em abrigos em SC

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MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

Orientado pela Defesa Civil nacional, um grupo de 40 psicólogos está trabalhando para reproduzir nos abrigos o ambiente em que as vítimas da tragédia em Santa Catarina viviam antes de serem atingidas pelas chuvas. A idéia é controlar a situação de estresse e ansiedade que leva a conflitos em abrigos.

A orientação é que famílias sejam colocadas no mesmo espaço, de preferência perto de vizinhos de bairro, e não em alas separadas entre homens ou mulheres, como aconteceu em ao menos um dos abrigos.

"O desastre começa agora. O mais difícil é administrar a retomada do cotidiano", diz a major Daniela da Cunha Lopes, única psicóloga da Defesa Civil nacional deslocada para Santa Catarina para orientar os trabalhos.

Desde domingo, ela visitou 22 abrigos em ao menos cinco cidades. Segundo Daniela, o cotidiano após a tragédia pode levar as vítimas a reproduzirem nos abrigos uma situação semelhante à descrita no livro "Ensaio sobre a Cegueira", do escritor José Saramago. Recentemente levada ao cinema, a história aborda o caos em um alojamento para cegos afetados por uma epidemia.

"Os saques em algumas cidades deixaram isso muito claro", diz Daniela. Ela afirma que não faltam alimento nem estrutura, mas, por instinto de sobrevivência, a pessoa reage de maneira "bárbara". Há relatos sobre pequenos furtos e conflitos entre abrigados de diferentes culturas e condições, além da preocupação com o consumo de bebidas.

A reprodução do espaço familiar, segundo Daniela, ajuda a manter laços afetivos nos abrigos e a criar uma sensação de segurança após a tragédia.

"As pessoas chegam com aquilo que tem representação simbólica do que precisa ser reconstruído. É a foto da formatura, o relógio de parede, o álbum do casamento, a boneca que o pai deu para a filha", cita.

"Pedimos doação de café, que não tem valor nutritivo, mas agrega, traz cheiro acolhedor, uma identidade de volta. Pessoas se reúnem em volta dele", diz a presidente do Conselho Regional de Psicologia em SC, Letícia Rauen Delpizzo.

Outro problema, dizem psicólogas, é o das crianças, que passam a ver os abrigos como "moradias definitivas". A volta às atividades profissionais também é incentivada.

Colaborou DIMITRI DO VALLE, da Agência Folha em Blumenau

Comentários dos leitores
carmem santos (16) 22/11/2009 11h17
carmem santos (16) 22/11/2009 11h17
eu como brasileira, agora com vergonha de ser,quero fazer uma critica a esse lula que air estar querendo aterrorisar nosso pais fazendo e pior trazendo esse presidente do irã pra car..o que ele quer com isso ?será possivel que esse luda não vai para de apoiar esse tipo de pessas terroristas,que mata as pessoas sem dor nem piedade,seria bom se com ele vinhece um homem bomba e quando entrase no planalto acionace o relogio quando tivese todos junto...para de apoiar bandido vai apoiar seu pove que estar morrendo afogado,nas balas perdidas,na secas do nordeste....e vc. só quer aparecer pra esse cara.....se liga cara...o brasil é de paz. sem opinião
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Rodrigo França (1) 10/09/2009 23h45
Rodrigo França (1) 10/09/2009 23h45
SC foi atingida pelas chuvas no segundo ano em regiões distintas e na mesma época, no outono. Em 2008 foram Itajaí e Blumenau e agora, região do extremo-oeste.
A maior dificuldade está em reconstruir a estrutura como, energia para hospitais, agroindústrias e saúde sanitária nas cidades afetadas.
Além dos subsídios e contribuições, a prevenção releva a atenção em abastecer almoxarifados com materiais, geradores, vacinas e recursos nessas regiões.
O prejuízo nas indústrias, estradas e porto de Itajaí, produção agrícola, reflete na economia do turismo em Florianópolis, Balneário Camboriú e Porto Belo, região onde se concentram a praias visitadas no verão.
A BR 101 está quase toda duplicada, verão a economia do litoral aquece como o clima.
sem opinião
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fernando carlos (1) 13/01/2009 15h20
fernando carlos (1) 13/01/2009 15h20
Santa CAtarina virou uma calamidade, os entes públicos deixaram a desejar, faltou é criatividade, no meio de tanta desgraça, teriam eles que motivar os turistas. 4 opiniões
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