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27/06/2009 - 09h27

Promotoria despreza laudo sobre cratera

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da Folha Online

A denúncia do Ministério Público contra os responsáveis pelo acidente na estação do metrô de Pinheiros não traz menção ao laudo do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo, segundo revela reportagem da edição deste sábado da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

A reportagem assinada pelos jornalistas Rogério Pagnan e André Caramante aponta que o trabalho de 19 meses de oito peritos não teve nem uma linha sequer usada pela Promotoria. O motivo, segundo o texto, seriam dúvidas sobre a qualidade e veracidade de informações prestadas pelos peritos. O laudo foi desprezado porque parece ter sido produzido sob encomenda para os investigados segundo fontes ouvidas pelos repórteres.

No dia 6 de janeiro deste ano a juíza Margot Chrysostomo Correa Begossi aceitou a denúncia (acusação formal) oferecida pelo Ministério Público contra 13 pessoas pelo desabamento nas obras da estação Pinheiros do metrô de São Paulo, que causou a morte de sete pessoas no dia 12 de janeiro de 2007.

Outro lado

A reportagem tentou ouvir o Instituto de Criminalística e a Polícia Científica mas não obteve sucesso.

Acusados

O desabamento nas obras aconteceu no dia 12 de janeiro de 2007, matando sete pessoas: três que iam a pé para a estação de trem, duas que estavam em uma lotação engolida pelo buraco, um office-boy que circulava pela região e um motorista de caminhão que estava na superfície do canteiro.

O principal nome denunciado --o engenheiro Fábio Andreani Gandolfo-- era, naquela época, diretor do Via Amarela responsável pelo contrato.

Os integrantes do consórcio e do Metrô foram acusados pelo Ministério Público Estadual de negligência e de imprudência, com a argumentação de não terem tomado providências que poderiam evitar a cratera.

Eles foram enquadrados pelo promotor Hossepian em artigos do Código Penal que tratam de desabamento seguido de morte ---homicídio considerado culposo (sem intenção).

A maioria dos acusados é de técnicos, como engenheiros, projetistas e fiscais. Nenhum membro da direção do Metrô foi alvo da denúncia.

Arte/Folha
 

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