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30/09/2002 - 12h44

Para Benedita, fechamento do comércio ocorreu por motivo político

ANA PAULA GRABOIS
da Folha Online, no Rio

A governadora do Rio, Benedita da Silva (PT), candidata à reeleição, disse ter "estranhado" a ação de criminosos que obrigaram o fechamento do comércio e de escolas hoje no Rio. Segundo ela, houve conotação política na ação.

"O que espanta é que não houve nenhum fato que pudesse justificar um movimento dessa natureza" disse.

Para ela, não somente a uma eventual reação do tráfico de drogas como um aproveitamento político de adversários, a seis dias da eleições.

"Não vamos permitir que façam deste momento uma jogada política eleitoral", disse.

Benedita afirmou que a Polícia Militar está com todo seu efetivo nas ruas para assegurar a reabertura do comércio e a segurança da população.
Segundo a governadora, o movimento de hoje tem como objetivo "inviabilizar a democracia no Estado".

Ela comparou a ação de hoje aos arrastões nas praias do Rio, ocorridos em 1992, quando era candidata à prefeitura.

Pela manhã, traficantes ordenaram o fechamento das lojas em Ipanema, Botafogo, Copacabana e Leme, na zona sul, Tijuca, Rio Comprido, Méier, Lins, Engenho Novo e Estácio, na zona norte, parte da região do morro da Providência, no centro, além de Niterói e São Gonçalo, região metropolitana.

A Secretaria de Estado da Educação divulgou nota determinando o funcionamento normal das escolas estaduais, já que o policiamento foi reforçado. Escolas municipais também fecharam.

Alguns comerciantes voltam, aos poucos, a abrir as portas no Rio.

Segundo o secretário da Segurança do Estado, Roberto Aguiar, "boatos" provocaram o toque de recolher. Ele diz que os comerciantes podem abrir as portas porque a segurança está assegurada.

"Eu garanto qualquer estabelecimento aberto. É boato. É uma forma de intimidar o Rio", disse.

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