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23/10/2002 - 14h56

Segurança é enterrado com honras militares e na presença de Alckmin

LÍVIA MARRA
da Folha Online

O segurança Diógenes Barbosa Paiva, 38, foi enterrado hoje no cemitério do Araçá, na zona oeste de São Paulo, com honras militares e na presença do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Paiva foi morto na noite de ontem, quando fazia a segurança de Thomaz Alckmin (filho mais novo do governador), que visitava sua namorada Fabíola no bairro de Vila Mariana, zona sul.

Conforme o governador, Thomaz foi junto com os seguranças para o Hospital São Paulo. "Thomaz foi com ele no colo, tentando reanimar o soldado Diógenes até o hospital", disse Alckmin.

O segurança Adoniran Francisco dos Santos Júnior, 29, que estava junto com Paiva, também foi atingido por um tiro e está internado no Hospital São Paulo. Ele não corre risco de morte.

O cortejo do segurança saiu do velório, também no Araçá, por volta das 14h20 e chegou ao Mausoléu da Polícia Militar às 14h40. O caixão estava coberto com a bandeira do Brasil. Segundo a Polícia Militar, cerca de 500 pessoas estiveram no cemitério.

Estavam presentes o governador, sua mulher, a primeira-dama Maria Lúcia, seus três filhos. Todos chegaram de mãos dadas. Fabíola, a namorada de Thomaz Alckmin, e o secretário de Segurança do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, também estavam no local.

Thomaz carregou uma das alças do caixão e chorou durante o enterro.

Também estiveram no cemitério o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, o diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), Godofredo Bittencourt, e o comandante da Polícia Militar, coronel Alberto Silveira Rodrigues.

O ataque
Paiva e Santos Júnior faziam a escolta do filho do governador quando, por volta das 21h desta terça-feira, foram atacados na rua França Pinto.

Segundo o secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, dois homens que estavam a pé atacaram os policiais. Thomaz, segundo ele, estava em uma área de lazer no prédio da namorada e teria ido entregar um material para o porteiro quando ouviu tiros. O filho do governador, ainda conforme Abreu Filho, saiu do prédio somente depois de ouvir os gritos de socorro de um dos seguranças.

O secretário afirmou que não descarta "nenhuma possibilidade" para o crime. "Pode ser desde uma tentativa de assalto até uma tentativa de atentado mesmo, ou diferenças pessoais, prisões que eles fizeram no passado", disse.

O policial ferido foi atingido na "região cervical posterior, sem lesões neurológicas, vasculares ou viscerais", conforme boletim médico divulgado pelo Hospital São Paulo.

Ele deverá ser transferido para o Hospital Militar, onde receberá também tratamento psicológico, conforme Abreu Filho.

O delegado Armando de Oliveira Costa Filho, da 1ª Delegacia de Homicídios do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) vai conduzir as investigações.

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