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20/03/2003 - 11h47

Delegacia de Presidente Prudente é furtada

MILENA BUOSI
da Folha Online

A 3ª delegacia de Presidente Prudente (565 km de SP), que fica no bairro Cohab, foi furtada nesta madrugada. Foram roubados o computador da delegada e uma garrucha antiga.

A cidade recebeu reforço na segurança, principalmente no fórum, após o assassinato do juiz-corregedor Antonio José Machado Dias, 47. Ele foi morto a tiros, na última sexta-feira, em uma emboscada. Dias era responsável por negar ou conceder benefícios a presos da região.

Suspeita-se que dois assaltantes invadiram a delegacia. Um deles estava descalço, com o pé sujo, e deixou a marca de uma pegada no chão.

Os ladrões arrebentaram a fechadura da porta dos fundos para entrar no DP. Eles quebraram cadeados de vários armários e reviraram documentos. Em um dos armários estava a garrucha que havia sido apreendida pela polícia.

O computador _o mais novo do DP_ estava na casa da delegada e foi levado por ela para o local há cerca de 20 dias, segundo policiais.

Existem seis delegacias em Presidente Prudente. O 3º DP fica afastado do centro do município. As investigações sobre a morte do juiz estão sob responsabilidade da DIG (Delegacia de Investigações Gerais).

Um funcionário do DP, que preferiu não se identificar, disse que os moradores da região estão amedrontados após o assassinato do juiz-corregedor.

"Estamos todos temerosos, nos sentimos desprotegidos. O que ocorreu foi uma barbaridade. Na verdade, esse é um problema de todo o Brasil", disse.

Prisão

A Polícia Civil de Campo Grande prendeu dois suspeitos do assassinato. Eles têm semelhanças com os retratos falados dos responsáveis pelo crime, divulgados pela polícia de São Paulo.

Com a dupla foram apreendidos um revólver calibre 38 e uma pistola 9 milímetros, que foi usada recentemente. A pistola foi encaminhada para balística, o que pode poderá determinar se ela foi usada no assassinato do juiz.

Além dos suspeitos da execução, a polícia procura pelo mandante do crime. Ontem, policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) ouviram dois presos ligados à facção PCC (Primeiro Comando da Capital), suspeitos de conhecerem o plano.

Um deles, conhecido como Mangue, teria confirmado que escreveu o bilhete apreendido na penitenciária de Avaré, destinado ao número um do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que falava sobre a morte do juiz. Eles deverão ser ouvidos novamente pela polícia, assim como Marcola.

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