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23/04/2003
-
17h29
O secretário da Segurança Pública do Rio, coronel Josias Quintal, deixa a pasta em meio a uma das maiores ondas de violência já vistas no Estado.
A última delas aconteceu na noite de anteontem quando traficantes do complexo da Maré, na zona norte, atacaram um microônibus que transportava policiais militares. Nove policiais e uma criança ficaram feridos. Duas horas depois de Quintal dar um prazo para que até domingo os culpados fossem presos, um ônibus foi incendiado na Linha Amarela.
As ações mais violentas deste ano aconteceram nos meses de fevereiro e março. No dia 24 de fevereiro, traficantes ordenaram o fechamento do comércio no Rio, incendiaram ônibus no rio e na baixada Fluminense e detonaram bombas. Após estes atos, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar , que teria ordenado a baderna, foi transferido para São Paulo, e as Forças Armadas tomaram as ruas do Rio.
No dia 31 de março uma bomba explodiu em frente ao hotel Meridién e outra atingiu a fachada de um supermercado. Três ônibus foram incendiados e a fachada de uma estação de metrô foi metralhada e atingida por um coquetel molotov.
Desavença
Na semana retrasada, Quintal afastou o delegado titular da Polinter (Polícia Interestadual) e interditou o cartório e o depósito de drogas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes sem conversar com o chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. As medidas tornaram público o rompimento entre Quintal e Lins.
Ambos participaram de uma reunião com a Governadora Rosinha Garotinho (PSB), onde os dois teriam se entendido.
O desentendimento entre Lins e Quintal começou ainda no governo de Anthony Garotinho (janeiro de 1999 a abril de 2002), quando os dois tinham cargos iguais aos atuais na cúpula da segurança pública. Em 2001, Lins afastou o então diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestro), Fernando Moraes, que foi levado para a secretaria por Quintal. Lins teria ficado contrariado.
Na campanha eleitoral do ano passado, Quintal, eleito deputado federal pelo PSB, se recusou a fazer uma dobradinha com Lins, que não se elegeu deputado estadual. Os dois não se falam e, quando precisam se comunicar, se valem do subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres.
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Quintal deixa Segurança do Rio em meio a onda de violência
da Folha OnlineO secretário da Segurança Pública do Rio, coronel Josias Quintal, deixa a pasta em meio a uma das maiores ondas de violência já vistas no Estado.
Sérgio Lima/Folha Imagem Coronel Josias Quintal |
As ações mais violentas deste ano aconteceram nos meses de fevereiro e março. No dia 24 de fevereiro, traficantes ordenaram o fechamento do comércio no Rio, incendiaram ônibus no rio e na baixada Fluminense e detonaram bombas. Após estes atos, o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar , que teria ordenado a baderna, foi transferido para São Paulo, e as Forças Armadas tomaram as ruas do Rio.
No dia 31 de março uma bomba explodiu em frente ao hotel Meridién e outra atingiu a fachada de um supermercado. Três ônibus foram incendiados e a fachada de uma estação de metrô foi metralhada e atingida por um coquetel molotov.
Desavença
Na semana retrasada, Quintal afastou o delegado titular da Polinter (Polícia Interestadual) e interditou o cartório e o depósito de drogas da Delegacia de Repressão a Entorpecentes sem conversar com o chefe da Polícia Civil, Álvaro Lins. As medidas tornaram público o rompimento entre Quintal e Lins.
Ambos participaram de uma reunião com a Governadora Rosinha Garotinho (PSB), onde os dois teriam se entendido.
O desentendimento entre Lins e Quintal começou ainda no governo de Anthony Garotinho (janeiro de 1999 a abril de 2002), quando os dois tinham cargos iguais aos atuais na cúpula da segurança pública. Em 2001, Lins afastou o então diretor da DAS (Divisão Anti-Sequestro), Fernando Moraes, que foi levado para a secretaria por Quintal. Lins teria ficado contrariado.
Na campanha eleitoral do ano passado, Quintal, eleito deputado federal pelo PSB, se recusou a fazer uma dobradinha com Lins, que não se elegeu deputado estadual. Os dois não se falam e, quando precisam se comunicar, se valem do subchefe de Polícia Civil, José Renato Torres.
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