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25/09/2003
-
19h49
LÍVIA MARRA
da Folha Online
Para o apresentador Gugu Liberato, do SBT, a produção do programa "Domingo Legal" teria sido enganada pela fonte durante o processo de gravação da entrevista com falsos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo o advogado Adriano Salles Vanni, que defende o apresentador, a afirmação foi feita hoje à Polícia Civil de São Paulo, durante depoimento aos policiais do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado).
Vanni nega as declarações do deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, e da própria polícia, de que Gugu responsabilizara "indiretamente" o SBT pela falsa entrevista.
De acordo com o advogado, Gugu, ao ser questionado sobre o valor pago pela reportagem, disse que era apenas o apresentador e que a forma de produção das reportagens não chega a seu conhecimento.
Segundo a polícia, a produção pagou R$ 3.000 para desenvolver a entrevista.
Gugu também disse durante o depoimento, segundo Vanni, que sua equipe é competente e que continuará trabalhando com ela.
Depoimento
Gugu chegou ao Deic por volta das 13h e saiu por volta das 15h30. Ele não falou com a imprensa.
De acordo com a Polícia Civil, o apresentador voltou a dizer que desconhecia a farsa. As declarações haviam sido feitas no último dia 15, no programa de Hebe Camargo, também do SBT.
A idéia de produzir uma entrevista com membros do PCC surgiu após Gugu ler uma reportagem sobre suposta ameaça de sequestro sofrida pelo padre Marcelo Rossi. Em entrevista coletiva, o delegado disse que Gugu, durante depoimento, afirmou ter pedido ao repórter Wagner Maffezoli que localizasse integrantes da facção criminosa.
"Foi ele quem solicitou a matéria [ao repórter]. Agora, ele nega que tenha visto a matéria [antes de ser exibida]", disse o delegado.
Indiciamento
Ao contrário dos outros envolvidos na entrevista, Gugu não foi indiciado pela polícia. Ele foi beneficiado por uma liminar do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).
A decisão, no entanto, não irá interferir no processo, segundo o promotor Roberto Porto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O inquérito serve como base para a Promotoria, que analisará os supostos crimes cometidos por Gugu. Ele ainda pode ser responsabilizado.
Exibida no último dia 7, a entrevista mostrava dois entrevistados encapuzados que disseram integrar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e fizeram ameaças a diversas personalidades, entre elas o vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, e os apresentadores José Luiz Datena (Bandeirantes) e Marcelo Rezende (Rede TV!). Sob suspeita de fraude, a gravação virou alvo de investigação policial.
O depoimento do apresentador atraiu a atenção de moradores, principalmente de um conjunto habitacional e de uma favela da região.
Dezenas de pessoas --a maioria mulheres e crianças-- se aglomeraram na porta do departamento para tentar ver o apresentador.
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da Folha Online
Para o apresentador Gugu Liberato, do SBT, a produção do programa "Domingo Legal" teria sido enganada pela fonte durante o processo de gravação da entrevista com falsos integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Segundo o advogado Adriano Salles Vanni, que defende o apresentador, a afirmação foi feita hoje à Polícia Civil de São Paulo, durante depoimento aos policiais do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado).
Vanni nega as declarações do deputado Vanderlei Siraque (PT-SP), da Comissão de Segurança Pública da Assembléia Legislativa, e da própria polícia, de que Gugu responsabilizara "indiretamente" o SBT pela falsa entrevista.
De acordo com o advogado, Gugu, ao ser questionado sobre o valor pago pela reportagem, disse que era apenas o apresentador e que a forma de produção das reportagens não chega a seu conhecimento.
Segundo a polícia, a produção pagou R$ 3.000 para desenvolver a entrevista.
Gugu também disse durante o depoimento, segundo Vanni, que sua equipe é competente e que continuará trabalhando com ela.
Depoimento
Gugu chegou ao Deic por volta das 13h e saiu por volta das 15h30. Ele não falou com a imprensa.
Jorge Araújo/Folha Imagem O apresentador Gugu Liberato depõe no Deic |
A idéia de produzir uma entrevista com membros do PCC surgiu após Gugu ler uma reportagem sobre suposta ameaça de sequestro sofrida pelo padre Marcelo Rossi. Em entrevista coletiva, o delegado disse que Gugu, durante depoimento, afirmou ter pedido ao repórter Wagner Maffezoli que localizasse integrantes da facção criminosa.
"Foi ele quem solicitou a matéria [ao repórter]. Agora, ele nega que tenha visto a matéria [antes de ser exibida]", disse o delegado.
Indiciamento
Ao contrário dos outros envolvidos na entrevista, Gugu não foi indiciado pela polícia. Ele foi beneficiado por uma liminar do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais).
A decisão, no entanto, não irá interferir no processo, segundo o promotor Roberto Porto, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). O inquérito serve como base para a Promotoria, que analisará os supostos crimes cometidos por Gugu. Ele ainda pode ser responsabilizado.
Exibida no último dia 7, a entrevista mostrava dois entrevistados encapuzados que disseram integrar a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e fizeram ameaças a diversas personalidades, entre elas o vice-prefeito de São Paulo, Hélio Bicudo, e os apresentadores José Luiz Datena (Bandeirantes) e Marcelo Rezende (Rede TV!). Sob suspeita de fraude, a gravação virou alvo de investigação policial.
O depoimento do apresentador atraiu a atenção de moradores, principalmente de um conjunto habitacional e de uma favela da região.
Dezenas de pessoas --a maioria mulheres e crianças-- se aglomeraram na porta do departamento para tentar ver o apresentador.
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