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31/10/2003
-
17h13
LÍVIA MARRA
da Folha Online
O julgamento dos três acusados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, ocorrido há um ano em São Paulo, deve ocorrer em 2004.
A Justiça manteve, no início do mês, a decisão de levar os acusados a júri popular. A filha do casal, Suzane, o então namorado dela, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, foram pronunciados em março. No entanto, ainda não há data confirmada para o julgamento.
"Eu estou pronto para fazer esse júri a qualquer momento. Essa indefinição é prejudicial para os réus e para suas famílias porque é uma coisa que não acaba nunca. O que as pessoas não conseguem imaginar é que o tempo vai passando e existe a rotina, que as pessoas precisam retomar a vida. É mais ou menos como viveram as famílias dos desaparecidos do regime militar: eles não estavam mortos, então ninguém podia sepultar. Esse sepultamento marca o fim de uma fase. (...) Essa indefinição faz com que as famílias fiquem no suspense, achando que pode acontecer um milagre, uma solução mágica, e que tudo volte a ser como era antes", disse o promotor Roberto Tardelli.
Júri popular
Os advogados de defesa dos acusados haviam entrado com recurso no TJ (Tribunal de Justiça) do Estado para tentar retirar as qualificadoras do crime. Os três são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado --pelo motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. São acusados também de fraude processual por terem alterado a cena do crime. O objetivo seria fazer a polícia acreditar na versão de latrocínio (roubo seguido de morte).
O desembargador Damião Cogan, um dos três responsáveis por manter o juri popular, concordou, após pedir vistas do processo, que os três respondam pelo assassinato, mas, afirma que não devem ser julgados por fraude processual --a tentativa de simular roubo, revirando a biblioteca da casa.
Com isso, a defesa dos acusados teve nova oportunidade de recurso.
Segundo a advogada Gislaine Jabur, que defende os irmãos Cravinhos, eles estão tranquilos, "dentro do possível". A reportagem ainda tenta localizar o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Suzane.
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da Folha Online
O julgamento dos três acusados pelo assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, ocorrido há um ano em São Paulo, deve ocorrer em 2004.
A Justiça manteve, no início do mês, a decisão de levar os acusados a júri popular. A filha do casal, Suzane, o então namorado dela, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, foram pronunciados em março. No entanto, ainda não há data confirmada para o julgamento.
"Eu estou pronto para fazer esse júri a qualquer momento. Essa indefinição é prejudicial para os réus e para suas famílias porque é uma coisa que não acaba nunca. O que as pessoas não conseguem imaginar é que o tempo vai passando e existe a rotina, que as pessoas precisam retomar a vida. É mais ou menos como viveram as famílias dos desaparecidos do regime militar: eles não estavam mortos, então ninguém podia sepultar. Esse sepultamento marca o fim de uma fase. (...) Essa indefinição faz com que as famílias fiquem no suspense, achando que pode acontecer um milagre, uma solução mágica, e que tudo volte a ser como era antes", disse o promotor Roberto Tardelli.
R.Cassimiro/Folha Imagem |
Os três acusados pelo assassinato, após prisão em SP |
Os advogados de defesa dos acusados haviam entrado com recurso no TJ (Tribunal de Justiça) do Estado para tentar retirar as qualificadoras do crime. Os três são acusados de duplo homicídio triplamente qualificado --pelo motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. São acusados também de fraude processual por terem alterado a cena do crime. O objetivo seria fazer a polícia acreditar na versão de latrocínio (roubo seguido de morte).
O desembargador Damião Cogan, um dos três responsáveis por manter o juri popular, concordou, após pedir vistas do processo, que os três respondam pelo assassinato, mas, afirma que não devem ser julgados por fraude processual --a tentativa de simular roubo, revirando a biblioteca da casa.
Com isso, a defesa dos acusados teve nova oportunidade de recurso.
Segundo a advogada Gislaine Jabur, que defende os irmãos Cravinhos, eles estão tranquilos, "dentro do possível". A reportagem ainda tenta localizar o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Suzane.
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