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06/11/2003 - 22h37

Polícia Civil minimiza casos de ataques na Baixada Santista

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FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos

O comando da Polícia Civil na Baixada Santista minimizou a probabilidade de envolvimento do PCC (Primeiro Comando da Capital) nas ações cometidas nesta semana contra alvos policiais da região.

"Não vamos entrar nessa neura de que tudo é PCC", afirmou o delegado Alberto Corazza, diretor do Deinter-6 (Departamento do Interior 6), responsável por 23 municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira.

Para Corazza, os dois crimes de ontem --o atentado à Diju (Delegacia da Infância e da Juventude), de Santos, e o assassinato de um policial militar em Praia Grande-- foram decorrências de "broncas pessoais".

Segundo ele, no caso da delegacia, teria ocorrido uma retaliação, supostamente porque parentes levaram fora do horário de visitas um "jumbo" (comida, roupas) para um menor detido no local, e o carcereiro não permitiu a entrada.

No do PM morto, o diretor do Deinter-6 classificou a ação como ato de vingança. "Na minha opinião, também é bronca pessoal. O cara morava no bairro e era conhecido por lá", afirmou.

De acordo com o delegado, criminosos estão tirando proveito da conjuntura para "resolver as pendências". Para ele, as duas bombas atiradas na Delegacia Sede de Praia Grande também não justificam pânico.

"Eram todas bombas vencidas. Foi só zoeira. Temos de ficar espertos, mas aqui não é Iraque. Eles [os criminosos] estão bravos porque a polícia está ganhando deles", declarou.

O delegado titular da Diju, em Santos, Alexandre Aranha, não foi tão enfático, mas também adotou cautela na avaliação do atentado no qual pelo menos 12 tiros foram disparados na noite de ontem contra a delegacia. "Acho que, com certeza, tem relação com o momento, mas não necessariamente com um grupo específico", disse.

Morte do PM

O delegado titular de Praia Grande, Rui Augusto Silva, afirmou que a linha de investigação adotada no caso do assassinato do soldado da PM Evandro Mendes de Oliveira exclui o PCC.

"Na nossa opinião, ele era alguém que se tornou indesejável no pedaço porque morava lá e estava agindo contra o tráfico de drogas e o furto de motocicletas."

A análise do promotor criminal de Praia Grande, Walfredo Cunha Campos, vai na contramão das avaliações dos delegados.

Para ele, o envolvimento do PCC é uma "hipótese plausível". A outra, segundo afirmou, é que delinquentes locais tenham tentado se aproveitar "oportunisticamente" da onda de atentados para praticar uma ação que os fizesse "crescer em importância" entre a criminalidade.

Já no caso das bombas na delegacia, o promotor diz não ter dúvidas. "Aquilo lá, com certeza. Não tenho a menor dúvida de que seja atentado. É evidente", declarou.

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