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28/03/2004 - 17h26

Ciclone mata no RS e SC, desabriga e destelha centenas de casas

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da Folha Online

A passagem de um ciclone raro pelo Sul do país, entre a noite de sábado e a madrugada deste domingo, causou a morte de pelo menos duas pessoas, deixou centenas de desabrigados, destelhou milhares de casas e provocou ventos de mais de 140 km/h e chuvas fortes. O número de vítimas pode aumentar.

Segundo a Marinha, 12 pessoas estão desaparecidas no mar catarinense. São tripulantes de dois barcos. Quatro embarcações afundaram, e uma foi resgatada pela Marinha. Nas buscas aos desaparecidos, a Marinha e a FAB usam um navio e quatro helicópteros.

Os locais mais atingidos pelo ciclone foram os municípios ao sul de Santa Catarina e ao norte do Rio Grande do Sul.

Na BR-101, entre Criciúma e Sombrio (SC), a estrada foi interditada por causa de deslizamentos e queda de árvores. Uma árvore atingiu um veículo e causou a morte de um homem. Outras duas pessoas que estavam no carro ficaram feridas.

Em Torres (RS), um homem de 61 anos foi encontrado morto por volta das 2h da madrugada, a 50 metros de sua casa. Segundo a Defesa Civil do RS, não há ainda informação precisa sobre a causa da morte. Suspeita-se de ataque cardíaco ou morte súbita durante a passagem do ciclone. O nome da vítima não foi revelado. O corpo está no IML de Torres.

Há ainda informação de que uma criança também morreu em Torres, após o desabamento do teto de casa, mas a Defesa Civil não confirmou ainda esse caso. A comunicação entre as equipes de atendimento é prejudicada pela queda de algumas antenas.

Em Santa Catarina, cerca de 20 mil casas foram atingidas, sendo que 500 ficaram totalmente destruídas, prejudicando 70 mil pessoas em 21 municípios, informou o governo do Estado. Ficaram destruídas casas nas cidades de Maracajá, Balneário Gaivota e Arroio do Silva. Em Sombrio e Rincão, os postes de luz foram arrancados pela força dos ventos.

Divulgação/Climatologia de São Leopoldo
Imagem de satélite mostra ciclone raro no Sul
No Rio Grande do Sul, mais de 430 casas foram destelhadas em seis cidades. Torres foi o mais atingido (300 casas e 150 desabrigados). Em Rondinha, os telhados de 30 casas ficaram parcialmente destruídos. Há mais 90 casas destelhadas em Paraíso, cinco em Dom Pedro de Alcântara, três em Curumim e três em Arroio do Sal.

Desabrigados estão sendo alojados em escolas, igrejas e prédios públicos. O prefeito de Torres, José Batista Milanez, decretou situação de emergência no município.

Estão sem energia elétrica as localidades gaúchas de Torres, Mampituba, Dom Pedro de Alcântara e Morrinhos do Sul. Com energia parcial encontram-se os municípios de Três Forquilhas e Itati.

A previsão de restabelecimento da energia na região é para o final do dia de hoje. São 27 equipes trabalhando na região.

Com informações da Agência Brasil

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