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13/04/2004
-
11h32
da Folha Online
A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), disse nesta terça-feira que pedirá ao Ministério da Justiça a "cooperação" do Exército para combater a violência no Estado.
"Eu quero é cooperação. Intervenção eu não aceito. Se for fazer intervenção, que faça em todas as capitais, porque o Rio não é o local mais violento do país", disse.
Rosinha afirmou que será encaminhado ao governo federal um projeto de atuação dos militares contra o crime organizado. O projeto será entregue ao secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, durante reunião marcada para a tarde com o secretário da Segurança do Rio, Anthony Garotinho.
"Vamos entregar hoje uma proposta para o ministro [da Justiça, Márcio Thomaz Bastos] de cooperação. Quando eu pedir o Exército, os militares, para o governo nesta tarde, quero ver se eles vão colocar. Que não fique só na conversa", disse a governadora, em entrevista à rádio CBN. "O projeto está pronto. Ele está nas mãos do Garotinho, que vai apresentá-lo hoje." O governo também deverá pedir auxílio da Marinha e da Aeronáutica.
Rosinha afirmou que Bastos disse somente à imprensa que o governo federal não descartava a possibilidade de enviar o Exército para o Rio. Segundo a governadora, o ministro conversou com ela, por telefone, duas vezes nesta segunda-feira, e não tocou no assunto sobre as Forças Armadas.
"Quando assumi, em uma situação de descontrole, solicitei ao governo federal que o Exército viesse nos ajudar. O governo federal depois quis retirar o Exército, alegando que este não era o papel das Forças Armadas. No ano passado foi criado um gabinete integrado para trabalharmos em parceria. Para quê? Nós mandamos o projeto de política de segurança no ano passado e o dinheiro não chegou", disse.
Nesta segunda, Bastos anunciou a liberação de R$ 9 milhões do Plano Nacional de Segurança Pública destinado ao combate ao crime organizado no Rio.
O ministro disse que tem uma "profunda compaixão com a população do Rio". Bastos disse ainda esperar que a situação seja contornada o mais breve possível.
Confrontos
Traficantes de drogas das favelas do Vidigal e da Rocinha estão em conflito desde a madrugada da última sexta-feira. Desde então, dez pessoas morreram por causa de confrontos entre traficantes e policiais.
Segundo a polícia, a origem do confronto é a disputa por pontos-de-venda de drogas na Rocinha entre gangues rivais.
As polícias Civil e Militar reforçaram a segurança na Rocinha. Cerca de 1.300 policiais foram enviados ao local e vão atuar na região por tempo indeterminado. Eles também realizam operações nos acessos ao morro do Vidigal.
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A governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), disse nesta terça-feira que pedirá ao Ministério da Justiça a "cooperação" do Exército para combater a violência no Estado.
"Eu quero é cooperação. Intervenção eu não aceito. Se for fazer intervenção, que faça em todas as capitais, porque o Rio não é o local mais violento do país", disse.
Rosinha afirmou que será encaminhado ao governo federal um projeto de atuação dos militares contra o crime organizado. O projeto será entregue ao secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, durante reunião marcada para a tarde com o secretário da Segurança do Rio, Anthony Garotinho.
"Vamos entregar hoje uma proposta para o ministro [da Justiça, Márcio Thomaz Bastos] de cooperação. Quando eu pedir o Exército, os militares, para o governo nesta tarde, quero ver se eles vão colocar. Que não fique só na conversa", disse a governadora, em entrevista à rádio CBN. "O projeto está pronto. Ele está nas mãos do Garotinho, que vai apresentá-lo hoje." O governo também deverá pedir auxílio da Marinha e da Aeronáutica.
Rosinha afirmou que Bastos disse somente à imprensa que o governo federal não descartava a possibilidade de enviar o Exército para o Rio. Segundo a governadora, o ministro conversou com ela, por telefone, duas vezes nesta segunda-feira, e não tocou no assunto sobre as Forças Armadas.
"Quando assumi, em uma situação de descontrole, solicitei ao governo federal que o Exército viesse nos ajudar. O governo federal depois quis retirar o Exército, alegando que este não era o papel das Forças Armadas. No ano passado foi criado um gabinete integrado para trabalharmos em parceria. Para quê? Nós mandamos o projeto de política de segurança no ano passado e o dinheiro não chegou", disse.
Nesta segunda, Bastos anunciou a liberação de R$ 9 milhões do Plano Nacional de Segurança Pública destinado ao combate ao crime organizado no Rio.
O ministro disse que tem uma "profunda compaixão com a população do Rio". Bastos disse ainda esperar que a situação seja contornada o mais breve possível.
Confrontos
Traficantes de drogas das favelas do Vidigal e da Rocinha estão em conflito desde a madrugada da última sexta-feira. Desde então, dez pessoas morreram por causa de confrontos entre traficantes e policiais.
Segundo a polícia, a origem do confronto é a disputa por pontos-de-venda de drogas na Rocinha entre gangues rivais.
As polícias Civil e Militar reforçaram a segurança na Rocinha. Cerca de 1.300 policiais foram enviados ao local e vão atuar na região por tempo indeterminado. Eles também realizam operações nos acessos ao morro do Vidigal.
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