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18/06/2004
-
18h39
da Folha Online
O Ministério da Saúde informou que vai enviar ajuda emergencial para municípios da Paraíba atingidos pelo rompimento da barragem de Camará, na noite de quinta-feira. As cidades de Alagoa Grande, Alagoa Nova e Mulungu receberão cerca de uma tonelada de medicamentos e insumos utilizados no atendimento às vítimas de inundações.
A barragem de Camará, com capacidade plena de cerca de 27 milhões de metros³, rompeu por volta das 21h, causando alagamento em praticamente toda cidade de Alagoa Grande e municípios vizinhos. A assessoria de imprensa do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) confirma três mortes e pelo menos seis desaparecidos.
Alagoa Grande receberá dez dos 14 kits enviados. Mulungu receberá três. De acordo com a Defesa Civil, estes municípios têm o maior número de pessoas atingidas pela enchente. Cada kit é suficiente para atender a uma população de 3.000 pessoas durante um mês.
A Secretaria de Saúde da Paraíba deve receber os kits no sábado, e fará a distribuição em parceria com a Defesa Civil. Os kits são compostos por 27 itens, entre analgésicos, antitérmicos, antibióticos e antiinflamatórios. Além dos medicamentos, os kits serão acrescidos de outros insumos, como hipoclorito de sódio, sais de reidratação oral e dois tipos de soro (fisiológico e glicosado).
Problemas de estrutura
De acordo com a assessoria do governador Lima, o reservatório, construído entre 2000 e 2002, apresentou problemas de fundação e construção. O governo afirma que a atual gestão da Secretaria de Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Minerais havia detectado algumas rupturas no reservatório e notificado a empresa responsável pela obra.
Alagoa Nova, onde se localiza a barragem, teve apenas as áreas ribeirinhas afetadas. A cidade fica a cerca de 10 km de Alagoa Grande (a cerca de 145 km da capital, João Pessoa), cidade mais atingida. A água, em algumas regiões, atingiu 3 metros de altura, segundo o secretário-adjunto de Recursos Hídricos do Estado, Sérgio Góis.
Entre os desaparecidos estariam quatro pessoas de uma mesma família de Alagoa Grande.
Ainda não há um levantamento da extensão de áreas alagadas. Equipes da Defesa Civil, dos bombeiros e da polícia ainda realizam um balanço do número total de vítimas, incluindo desabrigados.
Ilhada
Alagoa Grande, a cidade mais afetada, está praticamente ilhada, sem energia e sem comunicação. Os moradores procuram refúgio na parte mais alta da cidade. Há também registro de morte de gado.
O município de Mulungu está parcialmente inundado. Gurinhém também foi afetado.
De acordo com o governo da Paraíba, com base em dados do Censo de 2000, Alagoa Grande tem cerca de 29 mil habitantes. Mulungu tem cerca de 9.000. Alagoa Nova, onde está a barragem, tem cerca de 18.500 habitantes, também de acordo com o Censo.
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O Ministério da Saúde informou que vai enviar ajuda emergencial para municípios da Paraíba atingidos pelo rompimento da barragem de Camará, na noite de quinta-feira. As cidades de Alagoa Grande, Alagoa Nova e Mulungu receberão cerca de uma tonelada de medicamentos e insumos utilizados no atendimento às vítimas de inundações.
A barragem de Camará, com capacidade plena de cerca de 27 milhões de metros³, rompeu por volta das 21h, causando alagamento em praticamente toda cidade de Alagoa Grande e municípios vizinhos. A assessoria de imprensa do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) confirma três mortes e pelo menos seis desaparecidos.
Alagoa Grande receberá dez dos 14 kits enviados. Mulungu receberá três. De acordo com a Defesa Civil, estes municípios têm o maior número de pessoas atingidas pela enchente. Cada kit é suficiente para atender a uma população de 3.000 pessoas durante um mês.
A Secretaria de Saúde da Paraíba deve receber os kits no sábado, e fará a distribuição em parceria com a Defesa Civil. Os kits são compostos por 27 itens, entre analgésicos, antitérmicos, antibióticos e antiinflamatórios. Além dos medicamentos, os kits serão acrescidos de outros insumos, como hipoclorito de sódio, sais de reidratação oral e dois tipos de soro (fisiológico e glicosado).
Problemas de estrutura
De acordo com a assessoria do governador Lima, o reservatório, construído entre 2000 e 2002, apresentou problemas de fundação e construção. O governo afirma que a atual gestão da Secretaria de Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e Minerais havia detectado algumas rupturas no reservatório e notificado a empresa responsável pela obra.
Alagoa Nova, onde se localiza a barragem, teve apenas as áreas ribeirinhas afetadas. A cidade fica a cerca de 10 km de Alagoa Grande (a cerca de 145 km da capital, João Pessoa), cidade mais atingida. A água, em algumas regiões, atingiu 3 metros de altura, segundo o secretário-adjunto de Recursos Hídricos do Estado, Sérgio Góis.
Entre os desaparecidos estariam quatro pessoas de uma mesma família de Alagoa Grande.
Ainda não há um levantamento da extensão de áreas alagadas. Equipes da Defesa Civil, dos bombeiros e da polícia ainda realizam um balanço do número total de vítimas, incluindo desabrigados.
Ilhada
Alagoa Grande, a cidade mais afetada, está praticamente ilhada, sem energia e sem comunicação. Os moradores procuram refúgio na parte mais alta da cidade. Há também registro de morte de gado.
O município de Mulungu está parcialmente inundado. Gurinhém também foi afetado.
De acordo com o governo da Paraíba, com base em dados do Censo de 2000, Alagoa Grande tem cerca de 29 mil habitantes. Mulungu tem cerca de 9.000. Alagoa Nova, onde está a barragem, tem cerca de 18.500 habitantes, também de acordo com o Censo.
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