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21/06/2004
-
08h33
da Folha de S.Paulo
Embora admitam o crescimento do tráfico de drogas na zona norte de São Paulo, policiais que chefiam delegacias da região afirmam que o aumento de ocorrências desse tipo de crime também mostra eficácia do trabalho policial. Esses números, segundo eles, não podem ser interpretados como indicadores do aumento da periculosidade em relação a outras áreas da capital paulista.
Segundo o titular da Delegacia Seccional Norte, Darci Sassi, a maioria das ocorrências registra apreensões de pequenas quantidades de droga. Os presos também seriam, na maior parte, microtraficantes.
Mas não se sabe o perfil exato desses criminosos. Nem mesmo o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), que investiga quadrilhas e fornecedores maiores, tem um levantamento desse tipo.
Sassi, no entanto, também responsabiliza a favelização de algumas áreas pelo aumento dos registros de tráfico no 73º DP (Jaçanã), distrito que abrange parte do Jardim Brasil.
Com um mapa da mão, o delegado Artur Benvegnu, titular do 73º DP, mostra áreas em branco que, porém, segundo ele, já estão ocupadas por loteamentos clandestinos e favelas. "Sem essa localização, fica muito mais difícil", afirmou o delegado.
Segundo Benvegnu, a droga que chega à região --principalmente cocaína-- é separada e embalada nas favelas e depois vendida no asfalto, onde é registrado o maior número de flagrantes. A droga também atrai consumidores e intermediários de outras regiões, segundo a polícia.
A rua Benfica, no Jardim Brasil, que registrou o recorde de ocorrências de tráfico na área do 73º DP em 2004 --seis flagrantes--, fica distante das áreas ocupadas por favelas.
O delegado admite que os presos são os vendedores finais, parte mais fraca da estrutura do tráfico. Cerca de 20% dos presos, segundo ele, têm menos de 18 anos.
Benvegnu diz, porém, que os líderes estão sendo identificados pela polícia. Ele nega a ocorrência de toques de recolher decretados pelo tráfico apesar de moradores do Jardim Brasil, por exemplo, afirmarem que são freqüentes.
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Embora admitam o crescimento do tráfico de drogas na zona norte de São Paulo, policiais que chefiam delegacias da região afirmam que o aumento de ocorrências desse tipo de crime também mostra eficácia do trabalho policial. Esses números, segundo eles, não podem ser interpretados como indicadores do aumento da periculosidade em relação a outras áreas da capital paulista.
Segundo o titular da Delegacia Seccional Norte, Darci Sassi, a maioria das ocorrências registra apreensões de pequenas quantidades de droga. Os presos também seriam, na maior parte, microtraficantes.
Mas não se sabe o perfil exato desses criminosos. Nem mesmo o Denarc (Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos), que investiga quadrilhas e fornecedores maiores, tem um levantamento desse tipo.
Sassi, no entanto, também responsabiliza a favelização de algumas áreas pelo aumento dos registros de tráfico no 73º DP (Jaçanã), distrito que abrange parte do Jardim Brasil.
Com um mapa da mão, o delegado Artur Benvegnu, titular do 73º DP, mostra áreas em branco que, porém, segundo ele, já estão ocupadas por loteamentos clandestinos e favelas. "Sem essa localização, fica muito mais difícil", afirmou o delegado.
Segundo Benvegnu, a droga que chega à região --principalmente cocaína-- é separada e embalada nas favelas e depois vendida no asfalto, onde é registrado o maior número de flagrantes. A droga também atrai consumidores e intermediários de outras regiões, segundo a polícia.
A rua Benfica, no Jardim Brasil, que registrou o recorde de ocorrências de tráfico na área do 73º DP em 2004 --seis flagrantes--, fica distante das áreas ocupadas por favelas.
O delegado admite que os presos são os vendedores finais, parte mais fraca da estrutura do tráfico. Cerca de 20% dos presos, segundo ele, têm menos de 18 anos.
Benvegnu diz, porém, que os líderes estão sendo identificados pela polícia. Ele nega a ocorrência de toques de recolher decretados pelo tráfico apesar de moradores do Jardim Brasil, por exemplo, afirmarem que são freqüentes.
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