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curso técnico
03/09/2004
Cearenses aprendem a arte de esculpir em pedra

A pedra calcário da chapada do Apodi, no Ceará, se transformou em relógio de sol, uma rosácea, um fontenário, no brasão de Limoeiro do Norte, em pináculo, em banco de jardim e em um busto. Estas peças de arquitetura são alguns produtos extraídos dos blocos de calcário pelos 13 jovens cearenses que concluem hoje o curso de técnico em Cantaria, no Centro de Articulação e Educação Ambiental do Instituto Centec, em Limoeiro do Norte.

O curso, com 600 horas de aula, foi dado por duas mestres em Cantaria, Cristina Ferreira da Silva e Alzira Póvoa Antunes, da Escola Profissional de Artes e Ofícios Tradicionais da Batalha, a 100 Km de Lisboa, em Portugal. A entrega dos certificados acontece hoje, às 9 horas, no auditório do Instituto Centec, em Limoeiro, seguida de exposição dos trabalhos no Parque Florestal com o governador Lúcio Alcântara e a secretária de Cultura, Cláudia Leitão. No próximo dia 17, será aberta a exposição Cantaria, a Arte de Esculpir em Pedra, no Centro Dragão do Mar de Arte, em Fortaleza.

Alzira Póvoa, que ensinou o ofício durante os últimos três meses, avalia que alguns dos alunos têm o perfil exato de um canteiro, o profissional da arte da cantaria. “Acho que com força de vontade eles vão conseguir chegar lá”. A mestre em cantaria recomenda que os novos técnicos sejam orientados, recebam ferramentas e apoio inicial com muita divulgação até conhecerem o mercado.

“Esta é uma boa profissão, de bom salário e perspectiva de vida melhor. Quem se ligar nisso vai ter um grande futuro”, disse ela, ao informar que não há técnico canteiro no Nordeste, e só tem notícia da presença do profissional, no Brasil, em Ouro Preto, Minas Gerais. “Este é um trabalho muito bom e muitos gostariam de comprar, se soubessem que agora é feito no Ceará”, afirma. Segundo ela, um brasão em Portugal custa em torno de R$ 600 a R$ 700.

“As peças a serem produzidas foram escolhidas não só pelo aspecto da escultura e de ser uma peça única personalizada, mas sobretudo pelo sentido utilitário e funcional”, explica Alzira Póvoa. Foi levada em conta a boa aceitação dos trabalhos pelo mercado. A mestre canteira conta que ensinou os alunos a fazerem orçamento, a terem idéias de prazo de entrega dos pedidos e de como devem lidar com os clientes.


As informações são do Diário do Nordeste.

 
 
 

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