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Marta
é vítima do efeito "saco cheio"
Há
uma série de fatores que ajudam a explicar a vertiginosa
queda de Marta Suplicy: aumento da passagem do ônibus,
desestruturação do sistema de saúde,
contratos de lixo metidos em suspeitas etc.
Lembre-se
que, conforme demonstram as pesquisas, os primeiros seis meses
dos prefeitos paulistanos têm sido de abalos em seu
prestígio, provocados, certamente, pela distância
entre o que se promete na campanha e o que se oferece no Diário
Oficial. É um período natural de frustrações.
Existe
também o efeito "saco cheio", visível
em todo o país e mais aguçado na cidade de São
Paulo. A taxa de paciência com os políticos é
mínima, fator agravado ainda mais com a escassez de
racionamento de energia e a conseqüente crise econômica.
O paulistano
sente-se refém do trânsito, é acuado pela
violência, está cansado de ter de dar esmolas
a cada semáforo, pagar pedágio para estacionar
o carro, de ver o lixo nas ruas.
Frustrado
com os homens públicos, o cidadão está
com pouca disposição de esperar, quer resultados
imediatos, como, aliás, prometeram durante a campanha.
Podem
dizer, e com certa razão, que essa pressa é
fruto de uma imaturidade democrática. Nada se resolve,
afinal, rapidamente, ainda mais em uma prefeitura tão
dinamitada por administrações passadas. Mas
foram os próprios candidatos, com suas promessas fantasiosas,
que venderam a ilusão de que conseguiriam, sem demora,
mudar a situação. Ganharam votos, mas montaram
para si próprios uma armadilha - agora, virem-se.
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