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Itamar ajuda Lula com os empresários

Desde que surgiu a possibilidade de Itamar Franco ir para o segundo do turno das eleições presidenciais, empresários de influência nacional têm admitido, em conversas reservadas, que se sentem atraídos, apesar dos pesares, a votar em Lula.

A tendência é provocada menos pelas idéias nacionalistas do governador mineiro e mais por sua notória instabilidade emocional, no estilo Jânio Quadros com uma pitada de impetuosidade de Fernando Collor.

A vitória de Marta Suplicy para eleição da prefeitura de São Paulo, com um secretariado moderado, e o esforço dos economistas do PT em apresentar um programa mais brando, sem rupturas, tornam Lula mais digerível pelo empresariado - especialmente se confrontado com pelo temperamento imprevisível de Itamar Franco.

Nessa hipotética disputa de segundo turno, uma espécie de "Escolha de Sofia" para os segmentos mais tradicionais da elite econômica, está o melhor termômetro da crise brasileira - uma crise em boa parte detonada pela incompetência do governo FHC na questão energética e, ontem, mostrando mais dentes afiados no recorde da taxa do dólar, contaminado pela instabilidade argentina.

O crescimento de Itamar está na razão direta do desgaste do governo no clima emocionalizado da política brasileira. É consenso que o desemprego vai crescer, haverá mais pressões inflacionárias e o fluxo de dólares estará ainda mais ameaçado.

Por incrível que pareça, a crise está tão aguda, na visão do empresariado, que Lula aparece como sua salvação.

 
 
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