Segundo
a Prefeitura de São Paulo, são produzidos na
cidade diariamente cerca de 15 mil toneladas de lixo, o que
corresponde a aproximadamente 12% do total produzido pelo
país. Dentre essa quantidade abundante de resíduo,
47% são levados aos aterros sanitários que se
encontram, atualmente, quase lotados.
Na busca de alternativas para o problema do lixo, as estudantes
Ana Carolina Soubihe de Pinho e Rogéria Conrado de
Oliveira elaboraram, na universidade, um projeto piloto de
compostagem com o uso de resíduos da poda de árvores
urbana.
Os resíduos provenientes da poda - como galhos, madeiras,
folhas e capinagem - equivalem a 3.500 toneladas que são
geradas por mês no município de São Paulo.
Esses materias são ricos em energia, porém não
são aproveitados, aumentando o resíduo depositado
nos aterros.
Rogéria Conrado já sabia do funcionamento de
experiências semelhantes bem sucedidas em algumas cidades
brasileiras, como Recife (PB), Manaus (AM), Campo Mourão
(PR), Brasília (DF) e na subprefeitura de Santo Amaro
(SP).
O projeto piloto de compostagem da poda de árvores
elaborada pelas estudantes consiste no transporte dos restos
de galhos, madeiras e folhas para um núcleo de reutilização
específico. Lá, eles são triturados e,
posteriormente, passarão pelo processo de compostagem,
ou seja, uma forma de tratamento biológico que permite
a transformação destes em adubo orgânico
para o reaproveitamento na agricultura, em praças,
jardins e viveiros de plantas.
Uam iniciativa conhecida de aproveitamento de podas em São
Paulo, que já existe desde 1999, é o Projeto
Pomar. Além de recuperar o ambiente e a paisagem das
margens do Rio Pinheiros, o trabalho também encaminha
as podas de árvores da Marginal para o Pomar Urbano.
Lá, o material é compostado para retornar ao
solo como adubo.
Segundo Rogéria, o projeto piloto é de fácil
multiplicação e a necessidade é emergencial.
“Os nossos aterros já não possuem espaço,
por isso, acho que esta iniciativa pode servir como exemplo
para as prefeituras que poderão ainda utilizar o composto
nos seus jardins. Ou seja, o resíduo volta para as
áreas verdes, melhorando a terra, adubando e protegendo
o solo” , conclui Rogéria.
* Izabella Bueno é
aluna do 2º ano do ensino médio, do Colégio
Bandeirantes.
|