Greve
na polícia é sinônimo de prejuízo nos negócios
Alexandre
Sayad
Equipe GD
Além
dos danos visíveis que a greve da polícia militar
da Bahia ocasionou à população - pânico
nas ruas, depredação de casas, saques em lojas e violência
generalizada - o descontrole da criminalidade provocou desfalques
não tão evidentes, mas que já são percebidos
pelos comerciantes locais.
Segundo a Federação
de Comércio da Bahia, o movimento nas ruas foi reduzido em
pelo menos 50%, o que significa um prejuízo mínimo
de R$ 8 milhões. O Banco de Desenvolvimento da Bahia já
planeja uma linha de crédito especial para os comerciantes.
Mas essa é
apenas a realidade estadual. Segundo pesquisa recém-divulgada
do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), a criminalidade
atinge cerca 10,5% do PIB brasileiro, ou seja, R$ 120 milhões
por ano são onerados do Brasil.
Para o sociólogo
do Núcleo de Estudos da Violência da USP (Universidade
de São Paulo), Elder Ferreira, a criminalidade acarreta gastos
tanto para a iniciativa privada quanto para o Estado. "As famílias
contratam vigilância particular e os gastos do Estado em policiamento
e sistema carcerário são inegáveis; em situações
como essa, ainda há o fato do comércio muitas vezes
parar", explica.
Se a situação
do país mantiver o ritmo atual, os cofres privados e públicos
vão secar ainda mais. As polícias alagoana e pernambucana
também decretaram greve e as de outros seis estados, incluindo
São Paulo, ameaçam parar.
(colaborou Raquel
Souza)
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