Publicidade
Publicidade
21/09/2006
-
11h06
DENYSE GODOY
da Folha Online
A atenção do mercado financeiro continua voltada, nesta quinta-feira, ao escândalo do dossiê contra os tucanos José Serra --candidato ao governo do Estado de São Paulo-- e Geraldo Alckmin --candidato à Presidência. Integrantes do PT são acusados de tentar comprar o dossiê. Apos ter caído 1,92% ontem, porém, a Bovespa pode tentar uma recuperação.
A Bolsa brasileira abriu em alta, chegou a subir 0,38%, mas inverteu o movimento e às 10h55 recuava 1,02%, para 34.836 pontos.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou da coordenação da sua campanha à reeleição o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Ele admitiu saber que auxiliares tentaram divulgar o dossiê à imprensa.
Caiu também Hamilton Lacerda, um dos principais coordenadores da campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista.
"Existe uma intranqüilidade do mercado em relação ao cenário político interno", afirma Tommy Taterka, operador da corretora Concórdia. "Os investidores estrangeiros continuam deixando o país, porque, se Lula ganhar --o que é o mais provável--, continuará no poder o partido cujos integrantes têm sido envolvidos nas denúncias."
Outro medo é quanto à governabilidade em um eventual segundo mandato. Com a redução do apoio no Congresso à gestão petista, ficaria difícil aprovar projetos e reformas.
Alguns especialistas dizem que, devido às recentes quedas --a Bovespa já perdeu 2,86% em setembro--, esta pode ser uma boa hora para comprar ações. Mas Taterka sugere que os interessados esperem um pouco mais. "Vamos colocar da seguinte forma: no curto prazo, acho que a Bolsa está mais perto dos 32 mil pontos do que de 37 mil", diz. "Teremos que conviver com este mal-estar por algum tempo."
Em Wall Street, mais um dia de bom humor. A Bolsa de Nova York ficava estável aos 11.613,59 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) avançava 0,37%, aos 2.261,35 pontos.
A decisão do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de manter em 5,25% sua taxa básica de juros, na quarta-feira --e a perspectiva de que ela vai continuar nesse patamar-- ainda animava os investidores, que estão de olho nos indicadores econômicos.
Já saiu o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada: eles cresceram 7 mil, para 318 mil, segundo o Departamento do Trabalho. A projeção dos analistas era de que ficasse em 310 mil, mas ainda assim significa que o mercado de trabalho permanece estável.
Na agenda interna, o destaque é a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada antes do início do pregão. A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país passou recuou de 10,7% em julho para 10,6% em agosto e a renda do trabalhador aumentou 0,7% no período.
Tais dados ficam mais em evidência quando o desempenho da economia brasileira está no centro do debate, como neste momento.
As estimativas do governo são que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 4% em 2006, mas o mercado, de acordo com a última edição do relatório Focus, elaborado pelo Banco Central e divulgado na segunda-feira, espera apenas 3,11%.
Câmbio
O dólar comercial subia 0,5%, vendido a R$ 2,189. O risco-país tinha elevação de 1,31%, aos 231 pontos, indicando que aumentou a percepção de insegurança dos investidores estrangeiros em relação ao país.
Hoje o Banco Central realiza uma pesquisa para verificar se há demanda para realizar um leilão de swap reverso amanhã e rolar, assim, a dívida que vence em 2 de outubro. A venda desses contratos é equivalente à compra de divisas no mercado futuro --operação que ajuda a segurar um pouco as cotações da moeda norte-americana, portanto.
O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,33 e o turismo tinha alta de 0,44%, a R$ 2,28.
Leia mais
Investidores temem novas perdas dos fundos "hedge"
Toyota fica mais perto de desbancar GM como maior montadora
Especial
Acompanhe a cotação do dólar durante o dia
Leia o que já foi publicado sobre a cotação do dólar
Leia o que já foi publicado sobre a Bovespa
Clima político ruim persiste e Bovespa cai 1%; dólar encosta em R$ 2,19
Publicidade
da Folha Online
A atenção do mercado financeiro continua voltada, nesta quinta-feira, ao escândalo do dossiê contra os tucanos José Serra --candidato ao governo do Estado de São Paulo-- e Geraldo Alckmin --candidato à Presidência. Integrantes do PT são acusados de tentar comprar o dossiê. Apos ter caído 1,92% ontem, porém, a Bovespa pode tentar uma recuperação.
A Bolsa brasileira abriu em alta, chegou a subir 0,38%, mas inverteu o movimento e às 10h55 recuava 1,02%, para 34.836 pontos.
Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afastou da coordenação da sua campanha à reeleição o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini. Ele admitiu saber que auxiliares tentaram divulgar o dossiê à imprensa.
Caiu também Hamilton Lacerda, um dos principais coordenadores da campanha de Aloizio Mercadante ao governo paulista.
"Existe uma intranqüilidade do mercado em relação ao cenário político interno", afirma Tommy Taterka, operador da corretora Concórdia. "Os investidores estrangeiros continuam deixando o país, porque, se Lula ganhar --o que é o mais provável--, continuará no poder o partido cujos integrantes têm sido envolvidos nas denúncias."
Outro medo é quanto à governabilidade em um eventual segundo mandato. Com a redução do apoio no Congresso à gestão petista, ficaria difícil aprovar projetos e reformas.
Alguns especialistas dizem que, devido às recentes quedas --a Bovespa já perdeu 2,86% em setembro--, esta pode ser uma boa hora para comprar ações. Mas Taterka sugere que os interessados esperem um pouco mais. "Vamos colocar da seguinte forma: no curto prazo, acho que a Bolsa está mais perto dos 32 mil pontos do que de 37 mil", diz. "Teremos que conviver com este mal-estar por algum tempo."
Em Wall Street, mais um dia de bom humor. A Bolsa de Nova York ficava estável aos 11.613,59 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) avançava 0,37%, aos 2.261,35 pontos.
A decisão do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de manter em 5,25% sua taxa básica de juros, na quarta-feira --e a perspectiva de que ela vai continuar nesse patamar-- ainda animava os investidores, que estão de olho nos indicadores econômicos.
Já saiu o número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada: eles cresceram 7 mil, para 318 mil, segundo o Departamento do Trabalho. A projeção dos analistas era de que ficasse em 310 mil, mas ainda assim significa que o mercado de trabalho permanece estável.
Na agenda interna, o destaque é a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada antes do início do pregão. A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas do país passou recuou de 10,7% em julho para 10,6% em agosto e a renda do trabalhador aumentou 0,7% no período.
Tais dados ficam mais em evidência quando o desempenho da economia brasileira está no centro do debate, como neste momento.
As estimativas do governo são que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça 4% em 2006, mas o mercado, de acordo com a última edição do relatório Focus, elaborado pelo Banco Central e divulgado na segunda-feira, espera apenas 3,11%.
Câmbio
O dólar comercial subia 0,5%, vendido a R$ 2,189. O risco-país tinha elevação de 1,31%, aos 231 pontos, indicando que aumentou a percepção de insegurança dos investidores estrangeiros em relação ao país.
Hoje o Banco Central realiza uma pesquisa para verificar se há demanda para realizar um leilão de swap reverso amanhã e rolar, assim, a dívida que vence em 2 de outubro. A venda desses contratos é equivalente à compra de divisas no mercado futuro --operação que ajuda a segurar um pouco as cotações da moeda norte-americana, portanto.
O dólar paralelo ficava estável a R$ 2,33 e o turismo tinha alta de 0,44%, a R$ 2,28.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice