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20/04/2007
-
18h13
CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio de Janeiro
O ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) classificou a redução do fornecimento do gás boliviano para o Brasil como "acidente social".
Rondeau comparou a ação de manifestantes no campo de San Alberto, na Bolívia, com o rompimento, no ano passado, de um duto entre aquele país e o Brasil, devido a fortes chuvas, que também reduziu o fornecimento de gás.
"Esse acidente tem que ser visto de forma clara, como a pedra que rolou, caiu e quebrou o duto no ano passado. E nós passamos absolutamente sem nenhum problema", disse o ministro, durante evento no Rio de Janeiro.
Rondeau acrescentou que vem mantendo contato com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, e que vê esforço por parte do governo boliviano para solucionar a crise, já que o mercado boliviano seria o primeiro a ser afetado.
Pelos contratos firmados entre brasileiros e bolivianos, o Brasil tem prioridade no fornecimento de gás.
"Eles têm ratificado a prioridade de fornecimento de gás é para o Brasil."
Corte
O Brasil foi prejudicado com corte de 1,2 milhão de metros cúbicos enviados por dia para a termelétrica de Cuiabá. São Paulo perdeu 600 mil metros cúbicos diários (de 24,6 milhões para 24 milhões) em razão do corte para British Gas, que abastece a Comgás, distribuidora de gás para o Estado. De acordo com o ministro, a Petrobras ainda não foi afetada.
Os motivos para a decisão anunciada hoje não são diplomáticos ou estão ligados à falta de acordos entre os governos brasileiro e boliviano, mas se restringem a entraves técnicos.
O primeiro motivo --apresentado hoje pelo presidente da estatal petrolífera boliviana YPFB, Sebastián Daroca-- é assegurar o fornecimento de gás para o mercado boliviano, prejudicado após a queda da produção autorizada no campo San Alberto, de 10 para 3,4 milhões de metros cúbicos diários.
O segundo é conseqüência dos protestos desencadeados no sul da Bolívia nesta semana, resultado de uma disputa por fronteiras entre as províncias Gran Chaco e O'Connors --elas brigam pelos direitos territoriais sobre o campo Margarita, que contém 20% das reservas de gás da Bolívia (entenda o caso).
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Rondeau classifica corte no fornecimento de gás como "acidente social"
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da Folha Online, no Rio de Janeiro
O ministro Silas Rondeau (Minas e Energia) classificou a redução do fornecimento do gás boliviano para o Brasil como "acidente social".
Rondeau comparou a ação de manifestantes no campo de San Alberto, na Bolívia, com o rompimento, no ano passado, de um duto entre aquele país e o Brasil, devido a fortes chuvas, que também reduziu o fornecimento de gás.
"Esse acidente tem que ser visto de forma clara, como a pedra que rolou, caiu e quebrou o duto no ano passado. E nós passamos absolutamente sem nenhum problema", disse o ministro, durante evento no Rio de Janeiro.
Rondeau acrescentou que vem mantendo contato com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, e que vê esforço por parte do governo boliviano para solucionar a crise, já que o mercado boliviano seria o primeiro a ser afetado.
Pelos contratos firmados entre brasileiros e bolivianos, o Brasil tem prioridade no fornecimento de gás.
"Eles têm ratificado a prioridade de fornecimento de gás é para o Brasil."
Corte
O Brasil foi prejudicado com corte de 1,2 milhão de metros cúbicos enviados por dia para a termelétrica de Cuiabá. São Paulo perdeu 600 mil metros cúbicos diários (de 24,6 milhões para 24 milhões) em razão do corte para British Gas, que abastece a Comgás, distribuidora de gás para o Estado. De acordo com o ministro, a Petrobras ainda não foi afetada.
Os motivos para a decisão anunciada hoje não são diplomáticos ou estão ligados à falta de acordos entre os governos brasileiro e boliviano, mas se restringem a entraves técnicos.
O primeiro motivo --apresentado hoje pelo presidente da estatal petrolífera boliviana YPFB, Sebastián Daroca-- é assegurar o fornecimento de gás para o mercado boliviano, prejudicado após a queda da produção autorizada no campo San Alberto, de 10 para 3,4 milhões de metros cúbicos diários.
O segundo é conseqüência dos protestos desencadeados no sul da Bolívia nesta semana, resultado de uma disputa por fronteiras entre as províncias Gran Chaco e O'Connors --elas brigam pelos direitos territoriais sobre o campo Margarita, que contém 20% das reservas de gás da Bolívia (entenda o caso).
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