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25/04/2007 - 13h13

Desemprego sobe em SP mas tem menor taxa para março em dez anos

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IVONE PORTES
da Folha Online

Apesar do aumento da taxa de desemprego da região metropolitana de São Paulo para 15,9% em março, esse é o menor patamar para o mês em dez anos, superior apenas ao índice registrado em igual período de 1997 --quando atingiu 15% da PEA (População Economicamente Ativa).

No mês passado, a taxa de desempregados em São Paulo aumentou 3,9% em relação a fevereiro, que registrara 15,3%. Foi o quarto avanço mensal consecutivo. Entretanto, na comparação com o terceiro mês de 2006, quando a taxa atingiu 16,9%, houve redução.

O coordenador técnico da equipe de análise do Seade, Alexandre Loloian, explicou que o mercado de trabalho tem apresentado uma melhora nos últimos anos, reflexo do crescimento econômico, do aumento da oferta de crédito e do avanço da massa salarial.

"Há três anos, em 2004, 2005 e 2006, estamos com a economia crescendo. Não é uma taxa espetacular, mas para a economia brasileira é um fato que não víamos há muito tempo."

Quanto ao aumento do desemprego nos primeiros meses do ano, Loloin explicou que se trata de um movimento sazonal, típico do período.

No mês passado, os três principais setores reduziram o nível de ocupação na região. O destaque ficou com a indústria, que cortou 53 mil vagas, número próximo às eliminações verificadas em serviços --57 mil postos--, que emprega muito mais trabalhadores. O comércio fechou 35 mil vagas.

"O que caracteriza esse março é a redução muito forte da indústria, que há quatro meses vem perdendo postos de trabalho na região", disse.

Um dos fatores que têm prejudicado o setor é a queda do dólar, que reduz a competitividade dos produtos nacionais no exterior e eleva a competição com importados no mercado interno.

Por outro lado, o comércio vem sendo beneficiado por esse dólar baixo, pelo crédito e o alongamento dos prazos de pagamentos. "Isso permite que com uma pequena parcela do salário o consumidor consiga adquirir um bem, o que se reflete no comércio."

Segundo o coordenador do Seade, no primeiro trimestre a indústria eliminou 171 mil vagas, o comércio gerou 42 mil empregos e setor de serviços fechou 152 mil vagas.

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