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26/04/2007
-
11h55
CLARICE SPITZ
a Folha Online, no Rio de Janeiro
A corrida por vagas no mercado de trabalho em São Paulo elevou a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país em março, terceiro mês seguido de alta. A taxa ficou em 10,1% no mês passado ante 9,9% anotada em fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já no confronto com março do ano passado, a taxa ficou ligeiramente mais baixa, contra valor de 10,4% registrado em 2006. O IBGE pesquisa dados em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Só em São Paulo, o desemprego cresceu 10,4% em março, o que significou um acréscimo de 106 mil pessoas no contingente de desocupados. Os desempregados na região somaram 1,129 milhão, pouco menos da metade do total de desempregados no país (2,321 milhões).
Da população que estava afastada da força de trabalho em São paulo, como aposentados, donas de casa e estudantes, entre outros, 149 mil entraram no mercado de trabalho em março, engrossando a busca por emprego.
Enquanto isso, a criação de vagas em São Paulo ficou praticamente estável, com a abertura de 107 mil vagas.
"Dado o peso que São Paulo tem na indústria e sua importância nacional, quando o indicador mostra esta alteração, nós ficamos preocupados. Deu um sinal de alerta para as outras regiões e diminui a expectativa de que nos próximos meses possamos ter uma redução na taxa de desocupação", disse o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.
O rendimento médio dos trabalhadores em São paulo sofreu uma queda de 1,4% em março, em relação a fevereiro, e o salário médio estimado foi de R$ 1.262,20. No confronto com o mesmo período do ano passado, porém, houve uma alta de 4,7%.
Segundo Azeredo, o poder de compra dos trabalhadores em São Paulo, assim como no total das seis regiões, foi afetado pela maior entrada de trabalhadores por conta própria, cujos rendimentos são menores do que a população com carteira assinada.
No país, o rendimento médio apresentou estabilidade em relação a fevereiro. O salário foi estimado em R$ 1.109,50. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a renda subiu 5%.
O rendimento médio real per capita nas seis regiões foi estimado em R$ 817,54, o que representa uma queda de 1% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2006, o número 7,5% superior.
País
Enquanto o número de desempregados em março atingiu 2,32 milhões, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 4,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que significa um aumento de cerca de 363 mil pessoas. Trata-se do 30º mês consecutivo de alta.
Segundo o IBGE, em relação a fevereiro, o contingente de ocupados não apresentou movimentação significativa. O grupo foi estimado em 20,6 milhões em março. Os homens representavam 55,7% da população ocupada, e as mulheres 44,3%. O maior percentual de trabalhadores ocupados estava na faixa de 24 a 49 anos, com maior escolaridade (11 anos ou mais de estudo).
Pela primeira vez o IBGE divulgou que a massa real de rendimento da população ocupada (soma de todos os rendimentos) foi estimada em R$ 22,5 bilhões nas seis regiões em fevereiro. Houve uma estabilidade em relação a janeiro, mas uma alta de 7,7% na comparação com fevereiro de 2006.
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Corrida por vagas em São Paulo eleva taxa de desemprego no país
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a Folha Online, no Rio de Janeiro
A corrida por vagas no mercado de trabalho em São Paulo elevou a taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do país em março, terceiro mês seguido de alta. A taxa ficou em 10,1% no mês passado ante 9,9% anotada em fevereiro, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já no confronto com março do ano passado, a taxa ficou ligeiramente mais baixa, contra valor de 10,4% registrado em 2006. O IBGE pesquisa dados em Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
Só em São Paulo, o desemprego cresceu 10,4% em março, o que significou um acréscimo de 106 mil pessoas no contingente de desocupados. Os desempregados na região somaram 1,129 milhão, pouco menos da metade do total de desempregados no país (2,321 milhões).
Da população que estava afastada da força de trabalho em São paulo, como aposentados, donas de casa e estudantes, entre outros, 149 mil entraram no mercado de trabalho em março, engrossando a busca por emprego.
Enquanto isso, a criação de vagas em São Paulo ficou praticamente estável, com a abertura de 107 mil vagas.
"Dado o peso que São Paulo tem na indústria e sua importância nacional, quando o indicador mostra esta alteração, nós ficamos preocupados. Deu um sinal de alerta para as outras regiões e diminui a expectativa de que nos próximos meses possamos ter uma redução na taxa de desocupação", disse o gerente da pesquisa, Cimar Azeredo.
O rendimento médio dos trabalhadores em São paulo sofreu uma queda de 1,4% em março, em relação a fevereiro, e o salário médio estimado foi de R$ 1.262,20. No confronto com o mesmo período do ano passado, porém, houve uma alta de 4,7%.
Segundo Azeredo, o poder de compra dos trabalhadores em São Paulo, assim como no total das seis regiões, foi afetado pela maior entrada de trabalhadores por conta própria, cujos rendimentos são menores do que a população com carteira assinada.
No país, o rendimento médio apresentou estabilidade em relação a fevereiro. O salário foi estimado em R$ 1.109,50. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a renda subiu 5%.
O rendimento médio real per capita nas seis regiões foi estimado em R$ 817,54, o que representa uma queda de 1% em relação a fevereiro. Na comparação com março de 2006, o número 7,5% superior.
País
Enquanto o número de desempregados em março atingiu 2,32 milhões, o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado cresceu 4,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior, o que significa um aumento de cerca de 363 mil pessoas. Trata-se do 30º mês consecutivo de alta.
Segundo o IBGE, em relação a fevereiro, o contingente de ocupados não apresentou movimentação significativa. O grupo foi estimado em 20,6 milhões em março. Os homens representavam 55,7% da população ocupada, e as mulheres 44,3%. O maior percentual de trabalhadores ocupados estava na faixa de 24 a 49 anos, com maior escolaridade (11 anos ou mais de estudo).
Pela primeira vez o IBGE divulgou que a massa real de rendimento da população ocupada (soma de todos os rendimentos) foi estimada em R$ 22,5 bilhões nas seis regiões em fevereiro. Houve uma estabilidade em relação a janeiro, mas uma alta de 7,7% na comparação com fevereiro de 2006.
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