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10/05/2007
-
16h53
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou na tarde desta quinta-feira que o acordo entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) sobre a venda de duas refinarias da empresa brasileira no país vizinho está "praticamente fechado" e será "formalizado por escrito" até as 20h (horário de Brasília) de hoje.
"Está praticamente fechado o acordo. Isto está sendo escrito, precisa ser formalizado. Eu falarei com a imprensa por volta das 20h, 19h lá na Bolívia", disse o ministro a jornalistas. Segundo ele, o prazo das 19h foi pedido pelo governo boliviano.
Apesar de o acordo estar "praticamente fechado", o ministro ressaltou que o possível recurso da Petrobras à arbitragem internacional (medida prevista no caso do fracasso da negociação) só será totalmente descartado quando o acordo estiver assinado. "Eu falarei sobre todos os detalhes mais tarde", afirmou Rondeau.
Nesta quinta, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que confiava num acordo com a Petrobras. Morales ressaltou que só faltava resolver o preço a ser pago. "Teremos novidades em breve. Estamos trabalhando nisso neste momento", afirmou o boliviano em entrevista no final da manhã.
"Se resolvemos problemas muito sérios, profundos, temas de fundo com o companheiro Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], como não poderíamos resolver o tema das refinarias?", afirmou Morales segundo o site boliviano de notícias "Hoy Bolivia".
Segundo o texto da reportagem, Morales deu as declarações depois de tomar conhecimento de informações de que o governo brasileiro teria recomendado que a venda das duas refinarias fosse fechada em US$ 110 milhões.
Pela última proposta apresentada, a Petrobras pretendia receber US$ 80 milhões pelas refinarias e US$ 40 milhões pelos estoques, mas teria sido orientada por Lula a aceitar a contraproposta boliviana. Segundo sua assessoria de imprensa, porém, Lula não tomou parte das negociações, já que seu dia ontem foi totalmente voltado à recepção do papa Bento 16.
Entenda
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira.
O decreto concedeu à YPFB o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas 'brancas' produzidos pelas refinarias do país.
Após muito impasse na definição de quanto a Bolívia deveria pagar à Petrobras, a estatal brasileira apresentou, na última segunda-feira, uma proposta final para fechar o negócio.
Na quarta-feira, o presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, se reuniu com o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquepa, para esclarecer os termos do texto. O prazo para uma resposta da Bolívia termina hoje. Caso não haja acordo, a Petrobras já declarou que vai recorrer à arbitragem internacional.
As duas instalações da Petrobras, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões. As unidades são as duas maiores que operam no país vizinho e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia.
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Especial
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Acordo com a Bolívia está "praticamente fechado", diz ministro
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da Folha Online, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, informou na tarde desta quinta-feira que o acordo entre a Petrobras e a estatal boliviana YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) sobre a venda de duas refinarias da empresa brasileira no país vizinho está "praticamente fechado" e será "formalizado por escrito" até as 20h (horário de Brasília) de hoje.
"Está praticamente fechado o acordo. Isto está sendo escrito, precisa ser formalizado. Eu falarei com a imprensa por volta das 20h, 19h lá na Bolívia", disse o ministro a jornalistas. Segundo ele, o prazo das 19h foi pedido pelo governo boliviano.
Jorge Araújo/Folha Imagem |
Refinaria da Petrobras em Santa Cruz de la Sierra, uma das que a empresa quer vender |
Nesta quinta, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que confiava num acordo com a Petrobras. Morales ressaltou que só faltava resolver o preço a ser pago. "Teremos novidades em breve. Estamos trabalhando nisso neste momento", afirmou o boliviano em entrevista no final da manhã.
"Se resolvemos problemas muito sérios, profundos, temas de fundo com o companheiro Lula [Luiz Inácio Lula da Silva], como não poderíamos resolver o tema das refinarias?", afirmou Morales segundo o site boliviano de notícias "Hoy Bolivia".
Segundo o texto da reportagem, Morales deu as declarações depois de tomar conhecimento de informações de que o governo brasileiro teria recomendado que a venda das duas refinarias fosse fechada em US$ 110 milhões.
Efe |
Morales disse confiar que Bolívia e Petrobras chegarão a acordo justo |
Entenda
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer no país como parceira.
O decreto concedeu à YPFB o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas 'brancas' produzidos pelas refinarias do país.
Após muito impasse na definição de quanto a Bolívia deveria pagar à Petrobras, a estatal brasileira apresentou, na última segunda-feira, uma proposta final para fechar o negócio.
Na quarta-feira, o presidente da Petrobras na Bolívia, José Fernando de Freitas, se reuniu com o ministro dos Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, o presidente da estatal boliviana YPFB, Guillermo Aruquepa, para esclarecer os termos do texto. O prazo para uma resposta da Bolívia termina hoje. Caso não haja acordo, a Petrobras já declarou que vai recorrer à arbitragem internacional.
As duas instalações da Petrobras, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões. As unidades são as duas maiores que operam no país vizinho e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia.
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