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10/05/2007
-
11h45
da Folha Online
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quarta-feira (9) que confia que seu governo chegará a um acordo com a Petrobras sobre a compra das duas refinarias da empresa brasileira no país vizinho.
Morales ressaltou que o que falta resolver na questão da compra é o preço. "Teremos novidades em breve. Estamos trabalhando nisso neste momento", afirmou o boliviano em entrevista nesta manhã.
"[Estou] muito animado com esse processo de recuperação das refinarias", disse. "Se resolvemos problemas muito sérios, profundos, temas de fundo com o companheiro [Luiz Inácio] Lula [da Silva], como não poderíamos resolver o tema das refinarias?", afirmou Morales, segundo reportagem de hoje do site boliviano de notícias "Hoy Bolivia".
Segundo o texto da reportagem, Morales deu as declarações depois de tomar conhecimento de informações de que o governo brasileiro teria recomendado que a venda das duas refinarias fosse fechada em US$ 110 milhões.
Pela última proposta apresentada, a Petrobras pretendia receber US$ 80 milhões pelas refinarias e US$ 40 milhões pelos estoques, mas teria sido orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceitar a contraproposta boliviana. Segundo sua assessoria de imprensa, porém, Lula não tomou parte das negociações, já que seu dia ontem foi totalmente voltado à recepção do papa Bento 16.
"O presidente Lula disse agora à noite que seu dia foi dedicado à recepção do papa Bento 16. Em momento algum tratou do assunto das refinarias na Bolívia, que é da alçada da Petrobras", afirma nota divulgada ontem pela Secretaria de Comunicação.
Morales disse que a Petrobras "baixou bastante" o preço proposto inicialmente para as refinarias, de US$ 153 milhões, para a cada dos US$ 112 milhões, diz ainda a reportagem. "À margem dos valores, o importante é a decisão política, e a decisão política do povo boliviano é recuperar [as refinarias] e a do presidente Lula é de devolvê-las a um preço justo."
O presidente boliviano afirmou ainda que "a qualquer momento" o acordo com a Petrobras deverá ser anunciado.
Prazo
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que o prazo para a Bolívia se manifestar sobre a proposta feita --que foi tema de uma reunião entre representantes do governo boliviano e da Petrobras, realizada ontem em La Paz-- termina hoje às 12h.
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer na Bolívia.
O decreto concedeu à YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) o monopólio da exportação do petróleo reconstituído e das gasolinas 'brancas' produzidos pelas refinarias do país.
As duas instalações da Petrobras, uma em Cochabamba e a outra em Santa Cruz, foram vendidas pelo Estado boliviano em 1999, numa licitação, por US$ 104 milhões. As unidades são as duas maiores que operam no país vizinho e processam cerca de 40 mil barris de petróleo por dia.
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quarta-feira (9) que confia que seu governo chegará a um acordo com a Petrobras sobre a compra das duas refinarias da empresa brasileira no país vizinho.
Morales ressaltou que o que falta resolver na questão da compra é o preço. "Teremos novidades em breve. Estamos trabalhando nisso neste momento", afirmou o boliviano em entrevista nesta manhã.
"[Estou] muito animado com esse processo de recuperação das refinarias", disse. "Se resolvemos problemas muito sérios, profundos, temas de fundo com o companheiro [Luiz Inácio] Lula [da Silva], como não poderíamos resolver o tema das refinarias?", afirmou Morales, segundo reportagem de hoje do site boliviano de notícias "Hoy Bolivia".
Segundo o texto da reportagem, Morales deu as declarações depois de tomar conhecimento de informações de que o governo brasileiro teria recomendado que a venda das duas refinarias fosse fechada em US$ 110 milhões.
Pela última proposta apresentada, a Petrobras pretendia receber US$ 80 milhões pelas refinarias e US$ 40 milhões pelos estoques, mas teria sido orientada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a aceitar a contraproposta boliviana. Segundo sua assessoria de imprensa, porém, Lula não tomou parte das negociações, já que seu dia ontem foi totalmente voltado à recepção do papa Bento 16.
"O presidente Lula disse agora à noite que seu dia foi dedicado à recepção do papa Bento 16. Em momento algum tratou do assunto das refinarias na Bolívia, que é da alçada da Petrobras", afirma nota divulgada ontem pela Secretaria de Comunicação.
Morales disse que a Petrobras "baixou bastante" o preço proposto inicialmente para as refinarias, de US$ 153 milhões, para a cada dos US$ 112 milhões, diz ainda a reportagem. "À margem dos valores, o importante é a decisão política, e a decisão política do povo boliviano é recuperar [as refinarias] e a do presidente Lula é de devolvê-las a um preço justo."
O presidente boliviano afirmou ainda que "a qualquer momento" o acordo com a Petrobras deverá ser anunciado.
Prazo
Por meio de nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República informou que o prazo para a Bolívia se manifestar sobre a proposta feita --que foi tema de uma reunião entre representantes do governo boliviano e da Petrobras, realizada ontem em La Paz-- termina hoje às 12h.
A estatal brasileira decidiu vender 100% das refinarias depois da assinatura de um decreto pelo presidente boliviano, no último domingo, que afetou o fluxo de caixa da Petrobras na atividade de refino na Bolívia. Até então, a empresa ainda cogitava permanecer na Bolívia.
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