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Presidente do Peru pede ajuda à UE para negociação com países andinos
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da Efe, em Lima
O presidente do Peru, Alan García, disse nesta quinta-feira que seu país quer "acordos profundos e imediatos" com a União Européia (UE) e pediu ajuda para sair do "círculo vicioso" no qual se encontra a negociação entre a CAN (Comunidade Andina de Nações) e o bloco europeu.
García pediu à UE que ajude o Peru a sair desta situação, em alusão à estagnação das negociações para um acordo de associação entre os dois blocos, devido a diferenças entre os andinos.
O presidente peruano, que fez esta declaração na abertura da 2ª Cúpula Empresarial América Latina-Caribe-União Européia, defendeu o direito de ter pontos de vista diferentes e velocidades diversas de integração dentro do grupo andino, que é formado por Bolívia, Colômbia e Equador, além do Peru.
García disse que algumas das condições impostas pela UE parecem impossíveis de cumprir, e indicou que os quatro governantes andinos querem "caminhar juntos" rumo a uma negociação comercial.
Por isso, pediu aos dirigentes europeus que se reunirão amanhã na cúpula líderes, em Lima, que os ajudem "a superar esses entraves".
"Colocamos a necessidade de que, respeitando os pontos de vista de cada um dos membros andinos, Bolívia e Equador sigam a uma velocidade diferente em seus acordos com a UE", indicou o presidente peruano.
"O Peru quer acordos profundos e imediatos para receber capital europeu. Queremos crescer junto com a Europa", afirmou.
Segundo o presidente peruano, um acordo de associação com os europeus impulsionaria em até 2% as atividades econômicas dos países andinos, e "os uniria com um mundo democrático, um mundo que se preocupa com o meio ambiente". "A UE nos traz a mensagem da união. Pedimos que deixem que nos unamos à Europa."
Os poucos avanços nas negociações da UE com o Mercosul, a CAN e os países centro-americanos a favor de acordos de associação estão levando algumas nações, como a Colômbia e o Peru, a propor a possibilidade de negociar individualmente com o bloco.
Os presidentes de Colômbia, Álvaro Uribe, e Peru, Alan García, manifestaram publicamente que querem seguir o caminho adotado por México e Chile, que têm já acordos individuais com a UE.
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