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11/06/2008 - 12h18

Pressionada por alimentos, inflação mostra tendência de alta no curto prazo

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

A inflação apresenta tendência de alta no curto prazo, e a tendência é que o índice acumulado nos últimos 12 meses continue a subir no próximo bimestre, concluiu nesta quarta-feira a responsável pela pesquisa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), Eulina dos Santos.

A inflação medida pelo IPCA, taxa oficial usada pelo governo, registrou alta de 0,79% em maio, ante 0,55% em abril. Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,58%, acima dos 5,04% identificados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Ela lembrou que não há perspectivas animadoras, no curto prazo, para o preço dos alimentos, que já subiram, em cinco meses, o equivalente a 60% do que fora verificado no ano passado.

"Os dados evidenciam uma persistência de aumento. Dado que os preços estão subindo no mercado internacional, que o consumo no mercado doméstico está forte, assim como no mercado mundial, não se vislumbra, no curto prazo, um movimento de reversão de alta dos produtos alimentícios", afirmou.

Em ascendência

Para a taxa acumulada em 12 meses, Eulina lembrou que a alta nos meses de junho e julho de 2007 ficou em torno de 0,28%. Diante da expectativa de elevações acima desse patamar este ano, a inflação acumulada deverá permanecer em ascendência, fato que vem ocorrendo desde meados do ano passado.

"Essa inflação parece estar pressionada pelo menos até que se deixe para trás esses dois meses menores do ano passado", comentou.

No ano, a inflação tem alta de 2,88%, ante 1,79% no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Produtos não-alimentícios

Por outro lado, os produtos não-alimentícios vêm amenizando a disparada dos alimentos. Segundo Eulina, os preços da gasolina e das tarifas de energia elétrica apresentam altas tímidas, ajudando a conter a inflação.

"O câmbio tem contribuído muito no sentido de conter a taxa, já que os eletrodomésticos vem com os preços em queda", destacou.

Em maio, os combustíveis subiram 0,26%, em função do álcool, que teve alta de 1,11%. O óleo diesel variou 7,24% nas bombas, mas tem pouco impacto no índice. Também subiram os serviços bancários (8,74%), artigos de limpeza (1,81%) e remédios (0,97).

Ingresso do futebol

Outras altas destacadas pelo IBGE foram relativas a ingressos para jogo de futebol (19,69%), passagens aéreas (2,26%), manicure (1,37%), salários dos empregados domésticos (1,20%) e artigos para reparos em residência (1,16%).

No ano, os maiores impactos no IPCA vieram das refeições fora de casa, cuja variação de 6,43% representou contribuição de 0,24 p.p na alta acumulada de 2,88%; das mensalidades escolares, que subiram 4,52%, o que representou contribuição de 0,21 p.p.; e do pão francês, que acumula elevação de 19,38%, com 0,20 p.p. de contribuição.

Em 12 meses, os três itens também exercem principal influência sobre o índice de 5,58%. A refeição fora subiu 11,46% no período ; as mensalidades aumentaram 5,03% e o pão francês, 28,04%.

Nas 11 regiões pesquisadas, Goiânia apresentou alta de 1,26% em maio, seguida por Recife (1,12%) e Curitiba (0,95%). Os menores índices foram constatados em Belém (0,25%) e Salvador (0,37%).

Comentários dos leitores
celso assis (97) 19/01/2010 09h01
celso assis (97) 19/01/2010 09h01
Preços em SP começam a subir mais que esperado, há 56% de endividados e 9% que não podem pagar, imóveis comerciais nos EUA começam a querer dar problemas para os bancos, vendas de veiculos parecem que desaceleram em janeiro (apesar das promoções), imóveis usados de maior valor encalhando no mercado, povão mostra otimismo para comprar, BB adianta décimo terceiro salario de 2010 para quem nem sabe se vai estar empregado, bolsas de valores subindo a exemplo de commodiities minerais e agricvolas cotadas em bolsas. SÓ FALANDO PUXA VIDA!!!!!!!!!!!!!!!! sem opinião
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Italo Martins (4) 18/01/2010 08h30
Italo Martins (4) 18/01/2010 08h30
Guilherme Carneiro, descordo quando diz que o controle da inflação no governo FHC foi feito por meio de saneamento e venda de bancos estatais. Ambas foram consequências da política de controle de inflação implementada pelo referido governo, baseado num câmbio extremamente valorizado e taxas de juros elevadas - de forma a manter o câmbio apreciado e financiar o déficit em transações correntes pela conta capital e financeira. E de fato a política econômica foi continuada, embora o Lula tenha contado com um contexto internacional muito mais favorável. 1 opinião
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Claudio Rocha (390) 18/01/2010 02h07
Claudio Rocha (390) 18/01/2010 02h07
O psdb em relação ao pmdb é igual ao psol em relação ao PT , com a seguinte grande diferença:
Se o psol seria a ala descontente mais a esquerda do PT o psdb era a ala descontente mais a direita
do pmdb. O psdb se travestiu de democracia social mas tão logo chegou ao poder teve que tirar a mascara e assumir sua postura de extrema direita ao lado do PDS/DEM com definição clara de que seu governo previlegiava o capital , claro que tal postura fortaleceu alas da sociedade que previlegiam o trabalho e por falta de clareza ideologica dos partidos existentes, naquele momento o PT era o que melhor encarnava essa postura politica. O problema não são os nomes, como se quer fazer pensar, mas as definições politico-administrativas dos partidos quando governo....Claro que no Brasil tentar tocar um governo puramente trabalhista é suicidio e pode colocar o Pais em convulsão social, neste aspecto o presidente Lula demonstrou inteligencia e tato politico não melindrandro uma das mais terriveis e usurarias elites do planeta; Avalie a historia politica do Brasil quem duvidar. Conquistas para a população infelismente são homeopaticas, arroubos de indignação em defesa dos pobres sem sustenção politica pode acabar em golpe de estado, suicidio, ruptura social ou impecheament como alias ja ocorreu varias vezes neste pais. Paritidos ideologicos devem ceder parte do governo a partidos fisiologicos senão não termina o mandato, demagogias a parte, essa é a realidade brasileira
sem opinião
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