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06/08/2008 - 16h04

Inflação entrou em processo de desaceleração, afirma FGV

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) entrou em processo de desaceleração, e o índice acumulado nos últimos 12 meses deverá arrefecer nos próximos até setembro. De agosto de 2007 a julho deste ano, o IGP-DI tem alta acumulada de 14,81%, maior índice desde outubro de 2003, quando alcançara 15,77%.

Diante do quadro mais positivo, o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Salomão Quadros alertou que a queda não significa que a inflação acabou, já que alguns índices macroeconômicos, como a pressão da demanda, continuam influentes no cenário geral.

"A tendência dos IGPs, por ora, é continuar em desaceleração. Mas a situação não é confortável, os estoques estão baixos e o mercado fica mais suscetível a alterações. estamos voando em condições de tensão", afirmou.

O IGP-DI teve desaceleração em julho, registrando alta de 1,12%, ante elevação de 1,89% em junho. No ano, o índice acumula alta de 8,35% . Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela FGV.

O resultado teve influência decisiva dos preços no atacado, que pelo IPA (Índice de Preços por Atacado) subiu 1,28%, contra 2,29% em junho. A desaceleração foi generalizada e indiscutível, avaliou Quadros. Os alimentos desaceleraram para 0,28%, depois de alta de 2,66% no mês anterior. O destaque ficou por conta dos produtos in natura, que caíram 2,54%, depois de crescerem 5,64% em junho. O feijão teve redução de 7,57%, depois de alta de 23,82% no mês anterior, e a batata-inglesa variou de 3,60% para -8,11% em julho.

"Muitas dessas quedas já estão chegando ao varejo", observou Quadros.

Entre os alimentos processados, que variaram de 1,68% em junho para 1,25% no mês seguinte, a influência nessa queda ficou por conta das carnes. A bovina, que havia aumentado 9,47%, desacelerou para 2,68% em julho. As aves tiveram aumento de 2,67%, ante alta de 4,06% em junho. No mesmo ritmo vieram o leite industrializado (de 1,34% para -0,67% em julho) e o óleo de soja refinado (de -0,89% para -1 ,22%).

Entre os bens intermediários, que desaceleraram de 2,59% para 1,86%, a influência decisiva foi dos fertilizantes, que aumentaram 0,59%, depois de subirem 6,95% em junho. Nos últimos 12 meses, acumulam alta de 86,91%.

No estágio de matérias-primas brutas, que no geral desaceleraram de 3,33% para 1,39%, Quadros destacou o menor ritmo de alta da soja (10,17% para 2,01%) e a maior queda do preço trigo (-2,47% para -5,68%). Os bovinos desaceleraram de 11,29% para 3,53%, e o leite in natura caiu 2,59%, depois de ter apresentado alta de 0,56%.

Para o consumidor, o preço do arroz e feijão subiu 2,29%, ante alta de 11,18% no mês anterior. Também houve desaceleração entre hortaliças e legumes (0,83% para -1,66%), massas e farinhas (2,11 para 0,61%) e carnes bovinas (8,05% para 3,39%). O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) aumentou 0,53% em julho, ante 0,77% verificado no mês anterior.

"No IPC, há mais espaço para o alimentos baixarem", completou Quadros.

Comentários dos leitores
celso assis (97) 19/01/2010 09h01
celso assis (97) 19/01/2010 09h01
Preços em SP começam a subir mais que esperado, há 56% de endividados e 9% que não podem pagar, imóveis comerciais nos EUA começam a querer dar problemas para os bancos, vendas de veiculos parecem que desaceleram em janeiro (apesar das promoções), imóveis usados de maior valor encalhando no mercado, povão mostra otimismo para comprar, BB adianta décimo terceiro salario de 2010 para quem nem sabe se vai estar empregado, bolsas de valores subindo a exemplo de commodiities minerais e agricvolas cotadas em bolsas. SÓ FALANDO PUXA VIDA!!!!!!!!!!!!!!!! sem opinião
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Italo Martins (4) 18/01/2010 08h30
Italo Martins (4) 18/01/2010 08h30
Guilherme Carneiro, descordo quando diz que o controle da inflação no governo FHC foi feito por meio de saneamento e venda de bancos estatais. Ambas foram consequências da política de controle de inflação implementada pelo referido governo, baseado num câmbio extremamente valorizado e taxas de juros elevadas - de forma a manter o câmbio apreciado e financiar o déficit em transações correntes pela conta capital e financeira. E de fato a política econômica foi continuada, embora o Lula tenha contado com um contexto internacional muito mais favorável. 1 opinião
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Claudio Rocha (390) 18/01/2010 02h07
Claudio Rocha (390) 18/01/2010 02h07
O psdb em relação ao pmdb é igual ao psol em relação ao PT , com a seguinte grande diferença:
Se o psol seria a ala descontente mais a esquerda do PT o psdb era a ala descontente mais a direita
do pmdb. O psdb se travestiu de democracia social mas tão logo chegou ao poder teve que tirar a mascara e assumir sua postura de extrema direita ao lado do PDS/DEM com definição clara de que seu governo previlegiava o capital , claro que tal postura fortaleceu alas da sociedade que previlegiam o trabalho e por falta de clareza ideologica dos partidos existentes, naquele momento o PT era o que melhor encarnava essa postura politica. O problema não são os nomes, como se quer fazer pensar, mas as definições politico-administrativas dos partidos quando governo....Claro que no Brasil tentar tocar um governo puramente trabalhista é suicidio e pode colocar o Pais em convulsão social, neste aspecto o presidente Lula demonstrou inteligencia e tato politico não melindrandro uma das mais terriveis e usurarias elites do planeta; Avalie a historia politica do Brasil quem duvidar. Conquistas para a população infelismente são homeopaticas, arroubos de indignação em defesa dos pobres sem sustenção politica pode acabar em golpe de estado, suicidio, ruptura social ou impecheament como alias ja ocorreu varias vezes neste pais. Paritidos ideologicos devem ceder parte do governo a partidos fisiologicos senão não termina o mandato, demagogias a parte, essa é a realidade brasileira
sem opinião
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