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20/08/2002 - 13h03

Bovespa segue NY e cai apesar de novo recuo do dólar

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofreu com a manhã de perdas em Nova York. Na primeira meia hora de pregão, antes da abertura de Wall Street às 10h30, o principal índice do mercado paulista chegou a subir 1,44% (máxima de 9.552 pontos). Mas logo virou e passou a apontar queda.

Por volta das 12h55, o Ibovespa indicava baixa de 0,56% aos 9.363 pontos, mínima do dia. O volume de negócios somava R$ 168,7 milhões, considerado baixo, mas típico da véspera da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que amanhã anuncia sua decisão sobre os juros. O mercado espera manutenção da taxa em 18% ao ano.

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 1,6%. A Bolsa eletrônica Nasdaq perde 0,8%. Na Europa, o mercado de ações também vive um dia de perdas.

Em São Paulo, as ações do setor elétrico ocupam as quatro primeiras posições no ranking de alta do Ibovespa, um dia após a homologação do acordo com a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para cobrir as perdas financeira com racionamento de energia. Com o acordo, as distribuidoras vão receber recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o que vai aliviar o caixa de muitas companhias endividadas em dólar.

Apesar da queda do dólar e do risco-Brasil e de um movimento no governo e na mídia para reforçar os sinais de otimismo, há um parte do mercado que acompanha com desconfiança a consistência desse bom humor.

A equipe de economistas do HSBC alerta: não se pode descartar novas ondas de nervosismo nos mercado em resposta aos desdobramentos da campanha eleitoral e ao discurso dos candidatos.

Apesar dos presidenciáveis terem se comprometido, em maior ou menor grau, com a manutenção dos pontos essenciais que serviram de base para o acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) na reunião com o presidente Fernando Henrique Cardoso ontem em Brasília, o HSBC adverte que a retórica dura dos candidatos de oposição pode voltar, uma vez que foi esse discurso que garantiu a alguns candidatos as chances reais de vitória que indicam as pesquisas.

"Abrandar excessivamente o tom ou o conteúdo dessas campanhas poderia custar muito caro em termos eleitorais", diz a instituição.

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