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31/03/2005
-
09h04
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A derrota que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu ao desisitir da aprovação da MP 232 (que elevou a carga tributária dos prestadores de serviços) é o destaque desta quinta-feira no jornal britânico "Financial Times".
A derrota, segundo o jornal britânico, reflete ainda o "crescente descontentamento com os impostos que dispararam para financiar um setor público inchado, considerado ineficaz".
Da parte dos líderes empresariais, houve marchas de protesto nas últimas semanas e lobbies junto a congressistas contra a proposta de lei, lembra o "FT". A queixa da classe empresarial é que novos aumentos de impostos vão "sufocar o crescimento econômico e desgastar a competitividade internacional do Brasil".
"A carga fiscal total do Brasil já aumentou para cerca de 37% do PIB --uma das mais altas entre os países em desenvolvimento", diz o diário.
Fortalecidos pela derrota da MP devido ao esforço conjunto de protesto, grupos de empresas e direitos do consumidor podem agora "forçar o governo a enxugar a máquina pública e cortar gastos de maneira mais agressiva".
Já sem a liderança na Câmara dos Deputados e tendo "abandonado" a reforma ministerial que iria ajudar a consolidar a "frágil" maioria que o governo tem no Congresso, o "FT" diz ainda que a falta de poder de fogo do Executivo pode ainda comprometer a aprovação de outros dois projetos caros à administração Lula: a autonomia para o BC e a reforma sindical.
"Alguns investidores estão preocupados que o governo enfrente problemas com outras questões polêmicas em sua agenda legislativa, incluindo a proposta de autonomia para o Banco Central, ou a reforma de sindicatos não representativos."
Com agências internacionais
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A derrota que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu ao desisitir da aprovação da MP 232 (que elevou a carga tributária dos prestadores de serviços) é o destaque desta quinta-feira no jornal britânico "Financial Times".
A derrota, segundo o jornal britânico, reflete ainda o "crescente descontentamento com os impostos que dispararam para financiar um setor público inchado, considerado ineficaz".
Da parte dos líderes empresariais, houve marchas de protesto nas últimas semanas e lobbies junto a congressistas contra a proposta de lei, lembra o "FT". A queixa da classe empresarial é que novos aumentos de impostos vão "sufocar o crescimento econômico e desgastar a competitividade internacional do Brasil".
"A carga fiscal total do Brasil já aumentou para cerca de 37% do PIB --uma das mais altas entre os países em desenvolvimento", diz o diário.
Fortalecidos pela derrota da MP devido ao esforço conjunto de protesto, grupos de empresas e direitos do consumidor podem agora "forçar o governo a enxugar a máquina pública e cortar gastos de maneira mais agressiva".
Já sem a liderança na Câmara dos Deputados e tendo "abandonado" a reforma ministerial que iria ajudar a consolidar a "frágil" maioria que o governo tem no Congresso, o "FT" diz ainda que a falta de poder de fogo do Executivo pode ainda comprometer a aprovação de outros dois projetos caros à administração Lula: a autonomia para o BC e a reforma sindical.
"Alguns investidores estão preocupados que o governo enfrente problemas com outras questões polêmicas em sua agenda legislativa, incluindo a proposta de autonomia para o Banco Central, ou a reforma de sindicatos não representativos."
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