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02/05/2005 - 14h16

Lula diz que não abre mão de seu papel na integração sul-americana

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

Apesar dos comentários atribuídos ao presidente argentino, Néstor Kirchner, sobre os entraves econômicos e sobre a predominância que o Brasil quer exercer na América do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje, no programa de rádio "Café com o Presidente", que o Brasil "não abrirá mão de cumprir seu papel de integração" entre os países da região.

O programa transmitido hoje foi gravado previamente --antes, portanto, que o presidente Lula pudesse ter conhecimento das críticas atribuídas ao colega argentino, publicadas pelo diário portenho "Clarín".

Lula disse que o Brasil está conseguindo defender os interesses soberanos do Brasil na América do Sul e que a unidade da região está consolidada, com a criação da CSN (Comunidade Sul-Americana de Nações), lançada em reunião de cúpula realizada em Cuzco, em dezembro no ano passado.

A CSN é uma das principais metas da diplomacia brasileira, mas o presidente Kirchner faltou à reunião.

Lula lembrou no programa de rádio que os países da América do Sul ainda têm muitos problemas, "mas, se Deus quiser, nós vamos resolvendo estes problemas com muito cuidado, com muito carinho e o Brasil não abrirá mão de cumprir o seu papel nessa integração".

"Como maior economia, como maior população, como país de maior potencial científico e tecnológico, nós temos obrigação de estar dando condições para que esse crescimento não se dê apenas dentro do Brasil, mas para que ele se dê, sobretudo, nos países que fazem fronteira conosco", acrescentou Lula.

O "Clarín" divulgou hoje declarações atribuídas a Kirchner, que teria dito estar cansado das travas econômicas brasileiras, da falta de apoio do governo brasileiro à Argentina no FMI (Fundo Monetário Internacional) e do papel central que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria querendo exercer na região.

Kirchner, de qualquer modo, já manifestou críticas ao Brasil em outras ocasiões, sobre barreiras comerciais, para pressionar por investimentos da Petrobras em seu país e até mesmo quando Lula defendeu que o sucessor do papa João Paulo 2° fosse brasileiro.

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