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09/09/2003 - 08h59

Alunos terão de escrever carta ao MEC

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A principal característica do programa de erradicação do analfabetismo do governo federal, o Brasil Alfabetizado, é o fato de os alunos serem avaliados ao final do curso. Além disso, há programas de apoio para quem terminou o curso, mas não pretende continuar a estudar.

A avaliação será feita a partir de uma espécie de diário que os educadores terão de fazer, no qual descreverão o desempenho de cada aluno a cada 40 horas de aula.

No final do curso, a instituição responsável pelo programa só receberá o último repasse de recursos do governo depois que cada aluno enviar uma carta ao MEC (Ministério da Educação).

Recebida a correspondência, o ministério tem dez dias para verificar a existência do estudante no cadastro nacional do programa.

Será escolhido aleatoriamente um percentual de alunos para fazer um cruzamento entre a carta enviada ao ministério e as informações contidas no diário de classe do alfabetizador. O objetivo é comparar se a qualidade do texto é compatível com o que ele aprendeu.

O governo vai repassar às instituições conveniadas com o Ministério da Educação R$ 15 mensais por aluno e recursos para capacitar os alfabetizadores.

No primeiro momento, não há um método específico para os cursos. O governo está recomendando que eles tenham 260 horas de duração, divididas em seis meses de aulas.

Metas

Neste primeiro ano, o MEC quer alfabetizar 2 milhões de pessoas com uma verba de R$ 170 milhões. Mais 1 milhão será alfabetizado com dinheiro de empresas, governos estaduais e prefeituras que já entraram no programa --39 já aderiram.

De acordo com o o planejamento, em 2004 serão alfabetizadas 6 milhões de pessoas. A meta se mantém a mesma em 2005 e cai para 5 milhões, em 2006.

No caso dos programas de apoio, o objetivo é fazer com que os alunos que não queiram permanecer em sala de aula mantenham o contato com a leitura e a escrita para não perder os conhecimentos adquiridos.

O Brasil Alfabetizado conta com três programas de apoio para alunos que não queiram ou não possam continuar a estudar: "Agentes de Leitura", "Meu Primeiro Livro", "Bibliotecas Domiciliares" e "Cesta Ilustrada".

Os agentes de leitura são carteiros que vão entregar clássicos da literatura adaptados para recém-alfabetizados. As grávidas inscritas no programa de alfabetização vão participar do "Meu Primeiro Livro", que dará um livro para o bebê.

Por meio das "Bibliotecas Domiciliares", o governo vai montar uma coleção de 150 livros em uma das casas de cada comunidade cadastrada no programa.

Cesta básica

Já o "Cesta Ilustrada" ainda está em fase de estudo pela Casa Civil. A princípio, um decreto presidencial vai obrigar União, Estados e municípios a fornecer um livro em cada cesta básica distribuída às famílias pobres.

Para se ter uma idéia de preços, o governo federal compra lotes de 4 milhões de livros a um preço que varia entre R$ 0,30 e R$ 0,40 a unidade.

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