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21/05/2007 - 13h43

Alunos decidem manter ocupação na USP e resistir à ordem de reintegração

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CLAYTON FREITAS
da Folha Online

Os universitários que ocupam a reitoria da USP desde o dia 3 deste mês decidiram nesta segunda-feira manter o protesto e ameaçam resistir à ordem de reintegração de posse. No início da tarde, o coronel Joviano Conceição Lima, comandante do Policiamento de Choque, disse que equipes da PM (Polícia Militar) já estão de sobreaviso e poderão cumprir o mandado até o final do dia, caso não haja a desocupação pacífica por parte dos alunos. A reitora USP, Suely Vilela, deu prazo até a meia-noite para que os estudantes deixem o local.

Duas reuniões ocorreram nesta segunda para discutir uma possível saída dos universitários: uma contou com alunos, com o senador Eduardo Suplicy (PT) e a reitora, no prédio da Escola Politécnica; a outra foi proposta pela PM e reuniu integrantes de comissões de direitos humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), da prefeitura do município, do Ministério Público, representantes da reitoria e dos alunos.

Durante o encontro convocado pela polícia, o estudante de direito Danilo Carloti criticou o uso da força policial e leu um informe produzido durante uma assembléia dos alunos e que citava a resistência, caso a ação da polícia ocorra. No final da reunião, o coronel Joviano disse que enviará ao Comando Geral da corporação um relatório sobre o posicionamento dos estudantes.

A reunião da reitora com o senador e os estudantes terminou por volta das 12h45. A reitora não quis falar com a imprensa.

Às 13, Suplicy e os universitários permaneciam em uma das salas do prédio onde ocorreu o encontro, e a decisão dos alunos foi anunciada em seguida.

Reintegração

O mandado de reintegração de posse foi expedido no dia 16 pela 13ª Vara da Fazenda Pública. O documento indicava, se necessário, o uso da força policial para a retirada dos universitários. Na ocasião, um oficial de Justiça tentou entregar o documento, mas não foi recebido pelos alunos.

"Se eles [alunos] mantiverem a posição de ocupar o prédio, iremos agir", afirmou o coronel Joviano nesta segunda. O coronel disse ainda que tropas do 1º.do 2º e do 3º batalhões de choque, da Cavalaria e do Corpo de Bombeiros estão preparados para atuar.

O temor da PM, além do confronto com os alunos, é que a ação de reintegração resulte em prejuízos a documentos importantes da USP e que estão guardados no prédio da reitoria --como teses, processos judiciais e documentos administrativos de alunos, professores e funcionários.

Ocupação

Os universitários ocuparam a reitoria por não terem sido recebidos pela direção da universidade para entregar uma carta com várias reivindicações, entre elas mais moradias estudantis, reformas em prédios da universidade e um posicionamento oficial da reitoria a respeito dos decretos do governador José Serra (PSDB), entre eles o que criou a Secretaria de Ensino Superior.

Em nota enviada à imprensa no sábado (19), a reitoria da USP pediu que alunos e funcionários da universidade desocupem pacificamente as dependências do prédio da reitoria.

Cerca de 500 alunos permaneciam na manhã desta segunda-feira no prédio da reitoria. Eles têm o apoio de funcionários do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP).

 

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