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20/12/2001
-
10h25
especial para a Folha de S.Paulo
Na sociedade açucareira do século 17, predominou o binômio senhores e escravos. Na mesma época, a sociedade paulista apresentou aspectos diferentes, porém não escapou à bipolaridade.
Na primeira metade do século 20, historiadores como Alfredo Ellis Jr. e Afonso de Taunay acentuaram o caráter democrático da organização social e a autonomia dos paulistas em relação à coroa portuguesa. Como argumento, citaram a origem plebéia ou burguesa dos brancos, a mestiçagem com as índias, a pequena propriedade e a participação nas bandeiras -aberta a pessoas de qualquer condição social.
Nos anos 90, baseado em novas pesquisas, o historiador Bóris Fausto afirmou que, "do ponto de vista da organização social, os paulistas construíram uma sociedade rústica, com menor distinção entre brancos e mestiços, influenciada pela cultura indígena. Não devemos, porém, confundir essa sociedade rústica com uma sociedade democrática, pois uma hierarquia das melhores famílias e a dominação sobre os índios prevaleceram".
Os paulistas eram vistos por algumas autoridades como uma gente que "não conhecia Deus nem lei nem Justiça".
Os bandeirantes desacatavam a coroa portuguesa, mas, na maioria das vezes, os seus propósitos interessavam a Portugal, pois o apresamento de indígenas, a expansão territorial e a busca de metais preciosos eram compatíveis com os objetivos lusitanos. Devido a essa convergência, uma certa autonomia foi resultante do afrouxamento da fiscalização metropolitana sobre São Paulo.
Também deve ser revista a exaltação aos bandeirantes. A estátua de Borba Gato, situada na confluência das avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro, na cidade de São Paulo, é pouco realista. Segundo o testemunho de um jesuíta espanhol, os bandeirantes "marchavam descalços por terras, montes e vales, 300 e 400 léguas, como se passeassem nas ruas de Madri".
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João Bonturi é professor de história do Colégio Singular e do Curso Singular-Anglo e colunista da Folha Online
Fovest - 20.dez.2001
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Resumão/história - A sociedade paulista no século 17
JOÃO BONTURIespecial para a Folha de S.Paulo
Na sociedade açucareira do século 17, predominou o binômio senhores e escravos. Na mesma época, a sociedade paulista apresentou aspectos diferentes, porém não escapou à bipolaridade.
Na primeira metade do século 20, historiadores como Alfredo Ellis Jr. e Afonso de Taunay acentuaram o caráter democrático da organização social e a autonomia dos paulistas em relação à coroa portuguesa. Como argumento, citaram a origem plebéia ou burguesa dos brancos, a mestiçagem com as índias, a pequena propriedade e a participação nas bandeiras -aberta a pessoas de qualquer condição social.
Nos anos 90, baseado em novas pesquisas, o historiador Bóris Fausto afirmou que, "do ponto de vista da organização social, os paulistas construíram uma sociedade rústica, com menor distinção entre brancos e mestiços, influenciada pela cultura indígena. Não devemos, porém, confundir essa sociedade rústica com uma sociedade democrática, pois uma hierarquia das melhores famílias e a dominação sobre os índios prevaleceram".
Os paulistas eram vistos por algumas autoridades como uma gente que "não conhecia Deus nem lei nem Justiça".
Os bandeirantes desacatavam a coroa portuguesa, mas, na maioria das vezes, os seus propósitos interessavam a Portugal, pois o apresamento de indígenas, a expansão territorial e a busca de metais preciosos eram compatíveis com os objetivos lusitanos. Devido a essa convergência, uma certa autonomia foi resultante do afrouxamento da fiscalização metropolitana sobre São Paulo.
Também deve ser revista a exaltação aos bandeirantes. A estátua de Borba Gato, situada na confluência das avenidas Santo Amaro e Adolfo Pinheiro, na cidade de São Paulo, é pouco realista. Segundo o testemunho de um jesuíta espanhol, os bandeirantes "marchavam descalços por terras, montes e vales, 300 e 400 léguas, como se passeassem nas ruas de Madri".
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João Bonturi é professor de história do Colégio Singular e do Curso Singular-Anglo e colunista da Folha Online
Fovest - 20.dez.2001
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