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20/04/2006
-
10h56
da Folha de S.Paulo
Além dos ingredientes caríssimos mas sem eficácia comprovada, há outros ingredientes utilizados nos cosméticos industriais que merecem ser olhados com cautela pelo consumidor. São substâncias químicas presentes nos próprios cremes ou nas embalagens com potencial efeito tóxico no corpo humano. Não são proibidas, mas devem seguir uma legislação que regula sua utilização. Porém, em alguns países da Europa, principalmente na França, há um movimento para banir essas substâncias dos produtos de uso pessoal.
É na França, origem de grande parte das marcas de cosméticos de luxo, que o projeto de uma nova legislação está mais avançado. A pressão vem dos próprios consumidores, estimulados por campanhas de organizações ambientalistas como o Greenpeace, que passaram a recusar produtos que contenham em sua composição ou no recipiente nomes estranhos como ftalatos, alquilfenóis ou o mais familiar almíscar artificial.
O ftalato é utilizado nas embalagens plásticas, mas pode migrar para o creme e desse, para o organismo. O alquifenol pode estar na embalagem e no próprio cosmético (é um antiespumante). O almíscar artificial é um aromatizante.
Acredita-se que essas três substâncias --presentes em inúmeros cremes para rosto e corpo-- causem alterações no sistema endócrino e possam ser cancerígenas. Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil, conta que o movimento contra o uso desses produtos não se restringe aos cosméticos, mas esses foram a grande "isca" para sensibilizar os franceses. Com o consumidor lendo os rótulos e recusando certos produtos, alguns fabricantes já retiram essas substâncias de seus cosméticos.
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Além dos ingredientes caríssimos mas sem eficácia comprovada, há outros ingredientes utilizados nos cosméticos industriais que merecem ser olhados com cautela pelo consumidor. São substâncias químicas presentes nos próprios cremes ou nas embalagens com potencial efeito tóxico no corpo humano. Não são proibidas, mas devem seguir uma legislação que regula sua utilização. Porém, em alguns países da Europa, principalmente na França, há um movimento para banir essas substâncias dos produtos de uso pessoal.
É na França, origem de grande parte das marcas de cosméticos de luxo, que o projeto de uma nova legislação está mais avançado. A pressão vem dos próprios consumidores, estimulados por campanhas de organizações ambientalistas como o Greenpeace, que passaram a recusar produtos que contenham em sua composição ou no recipiente nomes estranhos como ftalatos, alquilfenóis ou o mais familiar almíscar artificial.
O ftalato é utilizado nas embalagens plásticas, mas pode migrar para o creme e desse, para o organismo. O alquifenol pode estar na embalagem e no próprio cosmético (é um antiespumante). O almíscar artificial é um aromatizante.
Acredita-se que essas três substâncias --presentes em inúmeros cremes para rosto e corpo-- causem alterações no sistema endócrino e possam ser cancerígenas. Marcelo Furtado, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil, conta que o movimento contra o uso desses produtos não se restringe aos cosméticos, mas esses foram a grande "isca" para sensibilizar os franceses. Com o consumidor lendo os rótulos e recusando certos produtos, alguns fabricantes já retiram essas substâncias de seus cosméticos.
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