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Reconstrução anima Bernardinho a ficar na seleção
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EDGARD ALVES
FÁBIO SEIXAS
MARIANA LAJOLO
da Folha de S.Paulo, em Pequim (China)
Em Atenas, com o ouro, Bernardinho pôs dúvidas sobre seu futuro: seria técnico exclusivo da seleção ou trabalharia também em clubes? A segunda opção venceu.
Após a final, ontem, contra os Estados Unidos, com a cabeça ainda avaliando a derrota de minutos atrás, ele colocou interrogação sobre a permanência na seleção, mas parece propenso a continuar.
"Se acharem que sou o profissional que pode contribuir, vou continuar", falou.
Bernardinho está há oito anos no comando, deve perder alguns jogadores, mas acha que a seleção manterá o nível de competitividade. Disse que não era hora de falar muito sobre a continuidade e que vai fazer um balanço da campanha, analisar erros e acertos, pensar com calma.
"Eu gosto de desafios, e tem um desafio enorme de reconstrução e de fazer esse time continuar a ser competitivo. Se eu for a pessoa adequada, estou pronto para coisas novas e, quem sabe, ganhar muita coisa ainda", afirmou.
Com a seleção feminina de vôlei, por exemplo, Bernardinho trabalhou sete anos e chegou ao bronze olímpico em Atlanta-1996 e Sydney-2000.
Mesmo sem ter obtido o ouro, disse que a campanha em Pequim foi gratificante. "Um reconhecimento enorme."
Passados o estresse da preparação olímpica e a campanha nos Jogos, ele pretende ler muito nos próximos meses. No momento, aproveita "Quando o Xadrez Imita a Vida", do ex-campeão mundial Gary Kasparov.
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