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16/11/2003 - 08h16

Peru despreza a maldição do Monumental para faturar alto

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da Folha de S.Paulo, em Lima

A chance de faturar quase dois milhões de dólares falou mais alto do que a superstição, e assim o Peru escolheu um "palco maldito" para pegar o Brasil.

No lugar do acanhado estádio Nacional, os peruanos resolveram mandar a partida deste domingo no Monumental, um dos estádios mais modernos da América do Sul, mas com fama ruim, por vários motivos, para o Peru.

Primeiro pelo retrospecto da seleção peruana lá. Nas eliminatórias para o Mundial de 2002, o time jogou duas vezes no Monumental e não foi bem: perdeu para o Equador e empatou com a Bolívia.

"Futebol tem dessas coisas, mas nós temos que estar acima disso", diz o técnico Paulo Autuori, reconhecendo a opinião popular sobre o campo.

O furor popular e também de alguns jogadores, que preferiam o duelo com os brasileiros no Nacional, foi desprezado pelos cartolas da federação peruana.

Com capacidade para quase 80 mil pessoas, o Monumental irá proporcionar uma renda de US$ 1,7 milhão. Para mostrar a grandeza do estádio, basta dizer que este será o jogo de maior público do Brasil fora de casa em eliminatórias nos últimos oito anos.

No qualificatório para a Copa-02, a seleção teve contra 65 mil pessoas, na derrota por 3 a 0 contra o Chile, em Santiago.

Mas não é só pelo lado esportivo que o palco do duelo entre brasileiros e peruanos é "amaldiçoado". A construção, feita por um grande grupo empresarial, é recheada de polêmicas.

A mais famosa delas envolve Vladimir Montesinos, o homem-forte no governo do ex-presidente Alberto Fujimori e que hoje está preso nos arredores de Lima. Para "liberar" a inauguração do estádio, Montesinos exigiu US$ 10 milhões, que seriam gastos na construção de um muro, "essencial para segurança", mas que tinha um valor estimado de US$ 100 mil.

Três anos depois da sua inauguração, o Monumental ainda dá dores de cabeça para as autoridades. Localizado em uma região de acesso difícil, o campo é palco de brigas gigantescas nos jogos locais e sua capacidade é contestada pelos governantes, que ameaçaram realizar o jogo deste domingo com portões fechados.

Para prevenir problemas, as autoridades prometem forte esquema de segurança. Serão 5.500 policiais, ou quase quatro vezes mais do que acontece nos clássicos em São Paulo.

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