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21/07/2004 - 11h00

Alçado após desistências, Saretta vê Olimpíada como 5º Grand Slam

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FÁBIO FLEURY
da Folha Online

Muitas vezes desprezado pelo principais tenistas do circuito profissional, o torneio olímpico de tênis terá em Atenas um status diferenciado, quase como um "quinto Grand Slam", já que contará com 27 dos atuais 30 melhores colocados no ranking de entradas, entre eles o líder da lista, o suíço Roger Federer.

Classificado graças a desistências, o paulista Flávio Saretta, que vai para a sua primeira Olimpíada, vê a competição até mais forte do que os quatro mais tradicionais torneios do esporte (Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Aberto dos EUA).

"Acho até que a dificuldade aumenta [em relação aos Grand Slams], porque a chave de simples terá 64 jogadores e estarão ali quase todos os melhores do mundo, enquanto que um Grand Slam tem 128 atletas, inclusive alguns com ranking mais baixo", analisa Saretta.

A adesão dos tenistas top foi bem menor nas últimas duas edições dos Jogos. Em Sydney-2000, 20 dos 30 melhores estiveram na competição. Em Atlanta-96, apenas 13 daqueles que apareciam entre os 30 mais bem colocados na semana do início do torneio participaram.

Com o maior número de tops interessados em Atenas, Saretta contou com sorte para conseguir uma vaga. Na listagem que definiu as vagas olímpicas, no dia 14 de junho, ele aparecia na 75ª colocação --nesta semana, já caiu para 78º.

Somente os 56 mais bem colocados garantiriam lugar nos Jogos (oito atletas recebem convite), mas o brasileiro foi beneficiado por um item que limita a quatro o número de representantes por país e por algumas desistências. Entre os 30 primeiros atualmente, Lleyton Hewitt (EUA), Andre Agassi (EUA) e Sjeng Schalken (HOL) abriram mão de jogar o torneio olímpico --além de outros com ranking pior.

"Quem ficar de fora vai ser por lesão ou porque não entrou no limite de atletas por país", diz Saretta, que afirma sentir uma emoção especial por participar dos Jogos.

"Sempre tem esse gostinho de poder ajudar o seu país. Ganhar uma medalha olímpica sempre traz reconhecimento para o atleta, independentemente do esporte. No Brasil, os torcedores dão muito valor a isso", disse Saretta.

Para o atleta, outros fatores também tornam a competição olímpica um evento diferenciado em relação ao restante do circuito profissional. "O principal é a convivência com outros atletas, de outras modalidades. Também vou poder assistir a vários jogos quando estiver de folga, torcer pelo Brasil nos outros esportes. O Guga, o Fernando Meligeni e o Jayme Oncins, que já jogaram em Olimpíadas, já me falaram muito sobre isso", conta.

Saretta também comemora o fato de haver disputa pelo terceiro lugar na Olimpíada, fato que não ocorre no circuito do tênis. "Essa disputa da medalha de bronze é interessante. Não existe em nenhum outro torneio. Normalmente, quando você perde na semifinal, está fora. Em Atenas, se perder na semifinal, ainda terei chance de trazer uma medalha para o Brasil."

Em sua primeira participação olímpica, Saretta quer apagar o mau início de temporada. "Joguei desconcentrado no primeiro semestre, tive problemas familiares e com a agência que gerenciava meus patrocínios. Agora, está tudo resolvido, ficou tudo no primeiro semestre, agora vou começar o ano de novo", diz.

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