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29/07/2004
-
11h00
FÁBIO FLEURY
da Folha Online
O iatista brasileiro Robert Scheidt, 31, embarca nesta quinta-feira para Atenas, junto com o restante da equipe brasileira de vela, como um dos maiores favoritos do país à conquista de uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Mas o heptacampeão mundial da classe laser leva consigo uma vantagem da qual a maior parte dos outros competidores não desfruta, já que diz ter uma estreita relação com a capital grega.
"Já competi três vezes nos últimos três anos em Atenas e conheço bem a raia e a cidade. Também me matriculei numa academia de lá e estou bem adaptado à comida grega. Sei onde ir, onde ficam os bons restaurantes. Me sinto em casa lá. Já tenho amigos na cidade, não vai ser nada inédito", conta Scheidt, campeão olímpico em Atlanta-96 e vice em Sydney-2000.
O brasileiro mantém inclusive uma espécie de intercâmbio informal com os velejadores gregos e o técnico da equipe do país, Thanasis Piniaris. "Ele [Piniaris] pediu para filmar meus treinos e eu deixei. Em troca, ele me deu várias dicas sobre a raia. Achei bastante proveitoso", revela Scheidt.
O acordo também proporcionou a Scheidt um meio de transporte alternativo na sede dos Jogos. "Deixei minha bicicleta na casa do Thanasis [Piniaris]. É bom porque a marina lá é muito grande, até demais. Não dá para andar de um lado para o outro a pé", afirma o atleta, que costuma pedalar todas as manhãs, antes das regatas.
Por conta dos vários dias que passou na cidade, o brasileiro diz saber as condições climáticas que deverá encontrar durante a Olimpíada. Para Scheidt, o verão grego é outro adversário a ser batido, principalmente porque as primeiras regatas serão disputadas no horário mais quente do dia, a partir das 13h.
"A raia é muito complicada, os ventos variam muito de força, ora são fortes, ora fracos. Particularmente, eu prefiro quando venta mais. Se você começa mal, pode se recuperar. Quando os ventos estão mais fracos, é mais complicado fazer isso. O calor também é muito forte, fica entre 35° e 40º. Você tem que fugir do sol o tempo todo e tomar muito cuidado com a hidratação", diz o atleta.
O aproveitamento de Scheidt na raia olímpica de Atenas nas três competições que disputou mostra que ele realmente está bem adaptado. Em 2002, ele ficou apenas 12º em um evento pré-olímpíco, mas voltou a disputar a competição em 2003 e saiu campeão, conquistando o 100º título de sua carreira. Neste ano, ele venceu o Campeonato Grego, que funcionou como evento-teste para os Jogos.
Vencedor de todos os nove torneios que disputou na classe laser em 2004, o iatista se mostra confiante para tentar reaver a medalha de ouro na laser e conseguir um "ano perfeito".
"Minha preparação foi impecável, acho que estou na melhor forma da minha carreira, num momento ímpar. Nunca venci todas as competições em um mesmo ano. Mas não posso ficar pensando muito no ouro. Tenho que encarar como um campeonato normal de laser. Meu objetivo lá vai ser conquistar uma medalha, claro que o ouro seria o ideal. É uma coisa tão grande, seria a coroação da minha carreira, o chantily no sorvete", analisa o iatista.
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O iatista brasileiro Robert Scheidt, 31, embarca nesta quinta-feira para Atenas, junto com o restante da equipe brasileira de vela, como um dos maiores favoritos do país à conquista de uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos. Mas o heptacampeão mundial da classe laser leva consigo uma vantagem da qual a maior parte dos outros competidores não desfruta, já que diz ter uma estreita relação com a capital grega.
Wander Roberto/COB |
Scheidt no pódio do Pan-03 |
O brasileiro mantém inclusive uma espécie de intercâmbio informal com os velejadores gregos e o técnico da equipe do país, Thanasis Piniaris. "Ele [Piniaris] pediu para filmar meus treinos e eu deixei. Em troca, ele me deu várias dicas sobre a raia. Achei bastante proveitoso", revela Scheidt.
O acordo também proporcionou a Scheidt um meio de transporte alternativo na sede dos Jogos. "Deixei minha bicicleta na casa do Thanasis [Piniaris]. É bom porque a marina lá é muito grande, até demais. Não dá para andar de um lado para o outro a pé", afirma o atleta, que costuma pedalar todas as manhãs, antes das regatas.
Por conta dos vários dias que passou na cidade, o brasileiro diz saber as condições climáticas que deverá encontrar durante a Olimpíada. Para Scheidt, o verão grego é outro adversário a ser batido, principalmente porque as primeiras regatas serão disputadas no horário mais quente do dia, a partir das 13h.
"A raia é muito complicada, os ventos variam muito de força, ora são fortes, ora fracos. Particularmente, eu prefiro quando venta mais. Se você começa mal, pode se recuperar. Quando os ventos estão mais fracos, é mais complicado fazer isso. O calor também é muito forte, fica entre 35° e 40º. Você tem que fugir do sol o tempo todo e tomar muito cuidado com a hidratação", diz o atleta.
O aproveitamento de Scheidt na raia olímpica de Atenas nas três competições que disputou mostra que ele realmente está bem adaptado. Em 2002, ele ficou apenas 12º em um evento pré-olímpíco, mas voltou a disputar a competição em 2003 e saiu campeão, conquistando o 100º título de sua carreira. Neste ano, ele venceu o Campeonato Grego, que funcionou como evento-teste para os Jogos.
Vencedor de todos os nove torneios que disputou na classe laser em 2004, o iatista se mostra confiante para tentar reaver a medalha de ouro na laser e conseguir um "ano perfeito".
"Minha preparação foi impecável, acho que estou na melhor forma da minha carreira, num momento ímpar. Nunca venci todas as competições em um mesmo ano. Mas não posso ficar pensando muito no ouro. Tenho que encarar como um campeonato normal de laser. Meu objetivo lá vai ser conquistar uma medalha, claro que o ouro seria o ideal. É uma coisa tão grande, seria a coroação da minha carreira, o chantily no sorvete", analisa o iatista.
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