Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/01/2005 - 08h37

Seguro de vida de Serginho adia denúncia de promotor

Publicidade

EWERTON FRIGO
LUÍS FERRARI

da Folha de S.Paulo

Rogério Leão Zagallo, promotor da 5ª vara do júri encarregado da acusação de Nairo Ferreira de Souza e Paulo Forte pela morte de Serginho, viu frustrada sua intenção de denunciar o presidente e o médico do São Caetano após inclusão da perícia da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) no processo.

O motivo é a investigação do seguro de vida que o jogador assinou com o BankBoston 22 dias antes de sua morte. Em dezembro, os familiares de Serginho disseram que o valor da apólice é de R$ 300 mil.

Como a política de proteção ao sigilo da clientela do banco impede que ele revele seus contratos, Zagallo precisou solicitar autorização judicial para que as informações da apólice integrem o inquérito que investiga a morte do zagueiro, e que já apontou a responsabilidade de Nairo e Forte.

"As informações sobre o seguro não são essenciais para o processo, mas sem dúvida reforçam muito as teses da acusação, por isso resolvi esperar a autorização judicial para usá-las no processo", explicou o promotor, acrescentando que essa nova apuração obrigou a devolução do inquérito para o 34º Distrito Policial.

Para o delegado encarregado da fase policial do caso, Guaracy Moreira Filho, o aguardo das informações do seguro é um mero procedimento burocrático.

"O valor da apólice já era conhecido, mas o banco não informou oficialmente a quantia. Para essa informação entrar no processo, foi necessária a autorização judicial."

Apesar de afirmar que gostaria de já ter dado início ao processo judicial, "oferecendo a denúncia ontem", Zagallo acredita que deve apresentar o caso à 5ª vara do júri até o final deste mês.

O promotor reafirmou a intenção de acusar Nairo e Forte de crime hediondo --o que havia expressado à Folha em dezembro.

"Após o recebimento do laudo da Unifesp, reforcei a convicção de que a exposição reiterada do zagueiro do São Caetano à atividade física competitiva conspirou contra a moralidade médica média, o que caracteriza o motivo torpe (e, conseqüentemente, o crime hediondo)", concluiu o representante do Ministério Público estadual.

Leia mais
  • Pivô Kátia também se afastou das quadras por causa de problema cardíaco
  • Morte em campo foi motivo de afastamentos de jogadores
  • Aumento da procura de testes cardiológicos gera leilão hospitalar
  • Após morte do zagueiro Serginho, hospitais vêem boom de check-up

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a morte do jogador Serginho
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página