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08/06/2005 - 09h49

Pekerman aposta em jovens corintianos contra o Brasil

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PAULO COBOS
RICARDO PERRONE

da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires

São dois garotos, mas ambos têm cotação alta no grupo argentino que enfrenta nesta quarta-feira o Brasil, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, pelas eliminatórias sul-americanas da Copa-2006.

As duas contratações mais caras da controversa MSI feitas para o Corinthians, o volante Mascherano e o atacante Tevez enfrentam o país onde vão trabalhar, no caso do primeiro, ou onde já estão, caso do segundo, com a missão de ganhar três pontos.

Mascherano, que joga a Libertadores pelo River Plate antes de se apresentar no Parque São Jorge, é titular absoluto do técnico José Pekerman e tem fama de líder da equipe, mesmo ainda muito jovem --completa hoje 21 anos. Tevez, 21, começa no banco, mas sua atuação diante do Equador, quando entrou no decorrer da partida, foi uma das poucas coisas poupadas pelas críticas da imprensa argentina na derrota por 2 a 0.

Mascherano foi um dos argentinos que nem cogitou tratar o clássico como um amistoso, como quer Carlos Alberto Parreira. "Sinceramente sabemos que esse não é um amistoso. É um jogo que vale pontos, pelas eliminatórias. Além disso, nem um amistoso de verdade entre Argentina e Brasil se pode tomar como tal. Para mim, sempre foram finais, e me tocou perder e ganhar", diz o volante, com uma clareza e segurança que faltam para Tevez tanto no Brasil como na sua pátria natal.

Após falar que é preciso dar "patadas" para ganhar do seu rival, em frase que não foi levada a sério nem pelos atletas da seleção brasileira, o atacante se retraiu e pouco falou nos últimos dias. Uma das exceções foi para um programa de humor de um canal esportivo, que ironizou o corte de cabelo que o corintiano usa no Brasil --Tevez levou a coisa na brincadeira e riu bastante.

Independentemente do que falam, o técnico José Pekerman, que trabalhou durante muito tempo comandando as categorias de base do país, faz um caminhão de elogios aos seus pupilos. "O Tevez tem um futuro fantástico", disse ele, que fez agora a primeira convocação do atleta depois que ele deixou o Boca Juniors. Sobre Mascherano, Pekerman enfatiza sua liderança e poder de marcação.

O volante, que conhece bem o gramado do Monumental de Núñez, o estádio do River, diz não perder o sono por ter que encarar o quarteto de atacantes brasileiros. "Me dedico a isso. E enfrentar essas individualidades só me enriquece", afirmou o volante, pelo qual a MSI pagou US$ 15 milhões (cerca de R$ 37 milhões). Ele se apresenta, segundo a parceria corintiana, ao final da Libertadores.

Tevez tem boas e más recordações do Monumental de Núñez. No ano passado, por exemplo, ele fez um gol pelo Boca contra o River lá. Na comemoração, imitou uma galinha (um apelido que ofende os torcedores do River) e foi expulso pela arbitragem.

Assim como Mascherano, Tevez, principal artilheiro corintiano na temporada, ainda vai demorar para voltar ao Parque São Jorge. Após o jogo, ele vai à Alemanha disputar a Copa das Confederações e só deve estar à disposição do técnico Márcio Bittencourt em julho.

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