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28/08/2002
-
02h51
editor-adjunto da Ilustrada
Em entrevista à Folha, MV Bill também comenta o movimento rap no país.
OUÇA O TRECHO DA ENTREVISTA
Para ouvir, é necessário ter instalado em seu computador o Real Player. Se você não o tiver, faça agora o download
***
Se você não consegue ouvir o áudio, leia a seguir a íntegra do trecho da entrevista:
Folha - A impressão é que essa fase atual do rap está amadurecendo muito musicalmente, mas a maior parte dos artistas novos tem um discurso mais brando se você comparar com o discurso da primeira geração. Você acha que o discurso do confronto social, da cobrança social se desgastou? Você acha que você virou um conciliador, por exemplo?
MV Bill- Eu sou um cara de ataque e, no momento em que está todo mundo esperando a gente atacar, tem uma porrada de grupo aí amolecendo, porrada de grupo afrouxando, tentando agradar a palyboyzada. Muita gente mudando o discurso, muita gente revendo seus discursos e eu continuo falando as mesmas coisas e outras até, porque eu estou convicto do que eu quero falar. Esse tem sido o meu referencial.
Não deixo de fazer rap, não deixo de fazer música, continuo fazendo música, continuo fazendo hip hop, mas do meu jeito. Eu sou muito preso às questões sociais, ao questionamento político.... Não sei se isso é bom ou se isso é ruim para o rap no momento em que alguns pensam em mudar, mas tem mais uma porrada de outros malucos que continuam falando e continuam preocupados com as questões sociais também.
Tirando os Racionais, que eu acho que tem uns seis ou sete discos, e o Thaíde, que é o pioneiro dessa p... toda no Brasil, eu acho que não existem outros grupos que possam ser chamados de velha escola, de nova escola. É tudo muito novo. Por mais que tenha 20 anos de rap no Brasil, pra muita gente - não falando de São Paulo por que São Paulo já é a capital do rap, mas falando de Brasil - pra muita gente é coisa muito nova. Em Salvador o bagulho está chegando agora, no Maranhão o bagulho está aparecendo agora. É prematuro ter essa classificação de nova escola e velha escola.
Ouça trechos da entrevista:
Para MV Bill, sociedade é "hipócrita" ao tratar da violência; ouça áudio
Tudo o que é feito na periferia é marginalizado, diz MV Bill; ouça áudio
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Ouça:
"Só Deus Pode Me Julgar", gentilmente cedida pela BMG
Grupos de rap no Brasil estão "amolecendo", afirma MV Bill; ouça áudio
ISRAEL DO VALEeditor-adjunto da Ilustrada
Em entrevista à Folha, MV Bill também comenta o movimento rap no país.
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Se você não consegue ouvir o áudio, leia a seguir a íntegra do trecho da entrevista:
Folha - A impressão é que essa fase atual do rap está amadurecendo muito musicalmente, mas a maior parte dos artistas novos tem um discurso mais brando se você comparar com o discurso da primeira geração. Você acha que o discurso do confronto social, da cobrança social se desgastou? Você acha que você virou um conciliador, por exemplo?
MV Bill- Eu sou um cara de ataque e, no momento em que está todo mundo esperando a gente atacar, tem uma porrada de grupo aí amolecendo, porrada de grupo afrouxando, tentando agradar a palyboyzada. Muita gente mudando o discurso, muita gente revendo seus discursos e eu continuo falando as mesmas coisas e outras até, porque eu estou convicto do que eu quero falar. Esse tem sido o meu referencial.
Não deixo de fazer rap, não deixo de fazer música, continuo fazendo música, continuo fazendo hip hop, mas do meu jeito. Eu sou muito preso às questões sociais, ao questionamento político.... Não sei se isso é bom ou se isso é ruim para o rap no momento em que alguns pensam em mudar, mas tem mais uma porrada de outros malucos que continuam falando e continuam preocupados com as questões sociais também.
Tirando os Racionais, que eu acho que tem uns seis ou sete discos, e o Thaíde, que é o pioneiro dessa p... toda no Brasil, eu acho que não existem outros grupos que possam ser chamados de velha escola, de nova escola. É tudo muito novo. Por mais que tenha 20 anos de rap no Brasil, pra muita gente - não falando de São Paulo por que São Paulo já é a capital do rap, mas falando de Brasil - pra muita gente é coisa muito nova. Em Salvador o bagulho está chegando agora, no Maranhão o bagulho está aparecendo agora. É prematuro ter essa classificação de nova escola e velha escola.
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