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28/08/2002
-
02h53
editor-adjunto da Ilustrada
Na última parte da entrevista à Folha, MV Bill afirma que a cota para negros na TV não vai resolver o problema de preconceito racial no Brasil.
OUÇA O TRECHO DA ENTREVISTA
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Se você não consegue ouvir o áudio, leia a seguir a íntegra do trecho da entrevista:
Folha -Você esteve bastante envolvido com a criação de um partido político. Isso não é contraditório já que você não acredita na política? Não é uma contradição você procurar justamente a linha política pra tentar fazer alguma coisa que mude a situação social?
MV Bill- Eu sou ligado à política, porque eu acho que a política pode mudar, mas os políticos me incomodam, porque os políticos não me representam, não me contemplam.
A vontade de criar um novo partido é justamente pra mudar as caras que estão nos representando. Chega dos mesmos Magalhães, os mesmos Barbalhos, os mesmos Estevãos me representanto. Eu quero outras caras.
É como quando falam de cotas de 20% de pretos nos elencos de novelas, de filmes... Basta mudar as histórias, não precisa nem ter cota e nenhuma lei que coloque isso, é só a gente contar outras histórias... Se for pra contar a história do empresário malvado, a história do amor mal-resolvido de um casal de classe média... a gente vai ter 20% a mais de escravos, 20% a mais de empregadas domésticas, de porteiros, de motoristas ou de bandidos, porque a gente vai continuar contando as mesmas histórias....
Quando as novelas começarem a contar outras histórias, a gente vai incluir o preto, o nordestino, o índio e as pessoas que não têm dente na boca de uma forma natural...
Ouça trechos da entrevista:
Para MV Bill, sociedade é "hipócrita" ao tratar da violência; ouça áudio
Tudo o que é feito na periferia é marginalizado, diz MV Bill; ouça áudio
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Ouça:
"Só Deus Pode Me Julgar", gentilmente cedida pela BMG
MV Bill diz que cotas para negros na TV não resolvem preconceito
ISRAEL DO VALEeditor-adjunto da Ilustrada
Na última parte da entrevista à Folha, MV Bill afirma que a cota para negros na TV não vai resolver o problema de preconceito racial no Brasil.
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Se você não consegue ouvir o áudio, leia a seguir a íntegra do trecho da entrevista:
Folha -Você esteve bastante envolvido com a criação de um partido político. Isso não é contraditório já que você não acredita na política? Não é uma contradição você procurar justamente a linha política pra tentar fazer alguma coisa que mude a situação social?
MV Bill- Eu sou ligado à política, porque eu acho que a política pode mudar, mas os políticos me incomodam, porque os políticos não me representam, não me contemplam.
A vontade de criar um novo partido é justamente pra mudar as caras que estão nos representando. Chega dos mesmos Magalhães, os mesmos Barbalhos, os mesmos Estevãos me representanto. Eu quero outras caras.
É como quando falam de cotas de 20% de pretos nos elencos de novelas, de filmes... Basta mudar as histórias, não precisa nem ter cota e nenhuma lei que coloque isso, é só a gente contar outras histórias... Se for pra contar a história do empresário malvado, a história do amor mal-resolvido de um casal de classe média... a gente vai ter 20% a mais de escravos, 20% a mais de empregadas domésticas, de porteiros, de motoristas ou de bandidos, porque a gente vai continuar contando as mesmas histórias....
Quando as novelas começarem a contar outras histórias, a gente vai incluir o preto, o nordestino, o índio e as pessoas que não têm dente na boca de uma forma natural...
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