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27/04/2007 - 17h24

Cine PE exibe "Os 12 Trabalhos", longa de Ricardo Elias

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FERNANDA CRANCIANINOV
da Folha Online, em Recife

"Os 12 Trabalhos", exibido como parte da programação do Cine PE (que vai até o dia 29 de abril no Cine-Teatro Guararapes, em Recife), é o segundo filme longa-metragem de Ricardo Elias em que o diretor retrata as condições de vida na periferia de São Paulo.

Após o longa "De Passagem" Elias ressalta em seu novo trabalho, sobretudo, a enorme força de vontade necessária aos jovens menos favorecidos nas metrópoles de hoje para sobreviver à sedução do tráfico de drogas e à violência urbana.

Divulgação
Longa-metragem "Os 12 Trabalhos" foi totalmente filmado na cidade de São Paulo
Longa-metragem "Os 12 Trabalhos" foi totalmente filmado na cidade de São Paulo
O retrato deste jovem é apresentado sob a forma de um adolescente negro, pobre e que, aos 18 anos, sai da Febem em busca de um novo futuro trabalhando como motoboy. O fio condutor da saga partiu do mito de Heracles (também conhecido como Hércules), que, para ser perdoado, é obrigado a cumprir 12 tarefas.

As tarefas, infelizmente, não são muito bem definidas e o filme se sustenta basicamente pela atuação de Sidney Santiago, vencedor de melhor ator no Festival do Rio em 2006.

Os olhos de Santiago falam, no filme, mais do que qualquer diálogo produzido pelo roteirista Cláudio Yosida (que também assina "De Passagem").

A escolha do diretor pela profissão de motoboy também acaba lançando luz sobre os meandros de uma categoria tão presente na atual cidade de São Paulo. Nas grandes metrópoles, este profissional faz entregas e serviços de todos os tipos levando desde contas até encomendas. Empresas, principalmente, dependem muito do "boy". A moto é necessária para que o trânsito caótico das metrópoles não seja um impedimento à rápida execução das entregas.

O filme traz todos os passos por que os profissionais têm de passar: desde a contratação, a necessária rapidez e disciplina, até as maiores dificuldades que a categoria enfrenta.

Como resultado, a figura do motoboy acaba dominando a narrativa do filme, que ganha tons de documentário --oferecendo um registro das condições e da importância desta profissão em uma metrópole como São Paulo.

A opção de Heracles mantém sua "barra limpa", mas o coloca diante dos riscos inerentes à profissão, que dão origem à tragédia central do filme, vivenciada diariamente por muitos profissionais da categoria que se arriscam em uma vida difícil, mas, ao menos, honesta.

A repórter viajou a convite do festival

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