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14/05/2003 - 12h24

Casas de jogos em rede atraem aficionados no Brasil

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FERNANDA ÂNGELO
da Folha de S.Paulo

Com uma mãozinha das cada vez mais populares LAN houses _casas de jogos com micros de alta performance ligados em rede_, os games multijogador caíram no gosto dos brasileiros.

As LAN houses proporcionam interação entre os competidores e geram um clima diferente de quando se joga em casa, contra um computador ou mesmo contra um adversário na internet.

O conceito de LAN house chegou ao Brasil em 1998 pelas mãos do empresário Sunami Chun, fundador de uma das redes de LAN houses mais conhecidas, a Monkey, que tem 58 lojas em 11 Estados. Durante uma viagem de estudos à Coréia do Sul, Chun percebeu a "febre" das LAN houses. Em Seul, chegou a presenciar a existência de até seis lojas em uma mesma quadra. Todas cheias. No Brasil, estima-se que existam hoje 3.000 LAN houses, cerca de 50% delas instaladas na Grande São Paulo.

A maior parte da clientela dessas casas é composta de jovens de 14 a 28 anos, em sua maioria (91%) homens das classes sociais A e B. Eles passam cerca de duas horas, duas ou três vezes por semana, em frente aos computadores das casas, segundo o diretor da Monkey, Lino Pereira.

De acordo com ele, entre as 12h e as 17h os clientes são quase todos adolescentes de 14 a 17 anos de idade. Para evitar que essa clientela -quase toda formada por estudantes- mate aula para jogar, o diretor disse que a Monkey tem um software que gerencia os horários de cada um.

"Eles não conseguem jogar no horário em que deveriam estar na escola." Depois das 17h, o cenário das LANs vai ganhando um ar mais maduro. Jogadores mais velhos começam a se juntar aos adolescentes. "Os mais velhos começam a chegar depois desse horário", conta Pereira.

Fliperama

Há os que se referem às LAN houses como "casas modernas de fliperama", o que remete a um lugar escuro onde os jogadores ficam encobertos por nuvens de fumaça de cigarros e a venda de bebidas alcoólicas é liberada.

Existem casas nas quais, além de tudo isso, ainda "rolam drogas", como disse um garoto de 14 anos que pediu para não ser identificado.

Há, no entanto, LAN houses maiores e mais bem estruturadas, como a Just4Fun e as lojas da própria Monkey, que proíbem o cigarro e as bebidas alcoólicas.

Além disso, as lojas mais organizadas proíbem a entrada de menores de 18 anos depois das 22h.

Segundo os jogadores, as LAN houses são um ótimo local para fazer novas amizades. "São as mesmas pessoas todos os dias. Você mata uma delas [no jogo] e depois acaba indo bater um papo com ela", diz Renato Alves, 28, que passa muitas tardes jogando.

Os valores cobrados pelas LANs variam de acordo com os dias da semana e os horários. Há promoções: algumas casas cobram um preço menor daqueles que varam a madrugada jogando, por exemplo. Mas, de modo geral, paga-se em média R$ 3 por hora.

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