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06/08/2003 - 10h10

Sites médicos brasileiros demoram para dar resposta

ANA PAULA DE OLIVEIRA
da Folha de S.Paulo

Se o doente depender da resposta de sites médicos brasileiros, pode se dar mal. De 13 serviços brasileiros de consulta on-line testados pela reportagem, apenas um respondeu no mesmo dia; outro deu a resposta em três dias e os restantes não tinham respondido até o final desta edição, 13 dias depois de a pergunta ter sido enviada. Os sites não determinam prazo para responder ao internauta.

Em menos de três horas, o site www.dermatologia.com.br esclareceu a uma dúvida sobre problema de pele. Não foram prescritos medicamentos e a resposta estava de acordo com a de um especialista procurado pela reportagem. Três dias depois, veio a resposta do site do especialista em dor de cabeça Abouch Krym- chantowski (www.dordecabeca.com.br), também genérica.

"Não sou adivinho e não posso, por e-mail, saber se o que [o internauta] tem é um simples resfriado ou uma doença grave." Por essa razão, o médico --que possui doutorado em neurologia pela Universidade Federal Fluminense-- costuma "colar", ao final de cada consulta virtual, mensagem indicando a necessidade de uma visita pessoal a um especialista.

Mas então por que ele --e tantos outros sites que aderiram à prática-- insiste em dar atendimento virtual? "É simples: para mandar o paciente ir ao médico", responde, comentando que a nova técnica de consulta é parecida com a dos livros que já escreveu e palestras que costuma dar. "A maioria das pessoas quer resolver seus problemas à distância. Nada descarta uma consulta demorada", diz o especialista, que recebe cerca de 200 perguntas sobre dor de cabeça por semana.

Genérico

Sem responder a perguntas específicas, o site boasaude.uol.com.br esclarece questões sobre saúde de maneira genérica. Em Ficha Médica, é possível criar histórico clínico virtual. No www.consultorio-online.com, além de poder marcar consultas pela internet, ainda existe opção de buscar profissionais pelo Brasil.

O site do médico Drauzio Varella (www.drauziovarella.com.br), colunista da Folha, diz que o Conselho Federal de Medicina proíbe dar consultas on-line -assim como por telefone.

"O que pode é o médico dar orientações genéricas, mas não diagnosticar ou prescrever remédios", afirma o corregedor do conselho, Roberto d'Avila, adiantando que o órgão já está preparando normas que regulamentem as consultas on-line. Veja manual de atendimento criado pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo em www.cremesp.org.br/legislacao/leg_internet/etica_internet.

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